A Secretaria Estadual de Saúde, informou que a Baixada Santista já registrou mais de seis mil casos de dengue, além de mais de 2.600 casos sob investigação. No dia 28 de março, a doença resultou em mais uma morte. Ao todo, já somam-se 5. Outras sete mortes suspeitas aguardam confirmação dos exames laboratoriais.
O paciente do Hospital Municipal de Bertioga, um homem de 60 anos, era residente da cidade e foi o último a ter a morte confirmada por dengue, em março.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Bertioga reforçou que “o município tem implementado diversas ações preventivas no combate à dengue. Entre elas estão mutirões de limpeza e eliminação de criadouros, realizados em parceria com a Secretaria de Serviços Urbanos, além de campanhas educativas de conscientização da população. O Hospital Municipal de Bertioga também adotou medidas para atender a demanda dos casos de dengue, incluindo um fluxo diferenciado de atendimento e capacitação de profissionais de saúde e educadores”.
Também informaram que o Departamento de Vigilância em Saúde tem intensificado as ações de fiscalização e orientação aos proprietários de imóveis. Inclusive, na última semana, retomou os trabalhos de nebulização casa a casa, que percorrerá todos os bairros da cidade, juntamente com as ações dos agentes de controle de endemias. Esta nebulização visa a eliminação dos mosquitos alados.
A primeira morte confirmada da Baixada Santista aconteceu em Peruíbe, no dia 25 de fevereiro. A vítima foi um idoso, de 77 anos.
Após este caso, no dia 2 de fevereiro, em Guarujá, a dengue resultou em outra vítima. Um homem de 59 anos, que não tinha histórico de problemas de saúde, veio à falecer. A segunda vítima, também do sexo masculino, tinha 65 anos. O homem já possuía diagnóstico de doença renal crônica e morreu em 27 de fevereiro.
O terceiro caso aconteceu em Itanhaém, em 13 de março. A vítima, uma mulher, de 36 anos, chegou a ser internada mas não resistiu.
Todas as cidades da região estão empenhadas no combate à doença. A cidade de Santos investiu na tecnologia como aliada à essa batalha, e conta com a ajuda de drones para visualizar com precisão os locais de difícil acesso de agentes, ou ainda onde foram recusados a adentrar como terrenos, imóveis desocupados, etc.
Sobre estes casos onde existe uma dificuldade para a fiscalização aos focos de dengue, a Prefeitura de São Vicente, por exemplo, decidiu ser mais rigoroso no quesito multas. “Se a gente pegar terreno abandonado, que tem foco de dengue, o proprietário será intimado. Se ele não responder a intimação, terá uma multa dez vezes maior, podendo chegar a até 20 mil reais. Dengue é coisa séria, é uma doença grave, que pode acessar as nossas famílias e é justamente por isso que todos nós precisamos cuidar.”, disse Kayo Amado, o prefeito da cidade.