RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Blitz em Santos orienta mulheres como reconhecer e denunciar sinais de violência 

Conscientização e prevenção andam sempre juntas no enfrentamento à violência contra a mulher. As vítimas precisam ser despertadas para que possam identificar os diversos tipos de violência e conhecer os seus direitos, tendo como aliadas a segurança pública e as políticas de acolhimento e emancipação. Com esse objetivo, a Secretaria de Segurança Pública, coordenou, nesta sexta-feira (7), véspera do Dia Internacional da Mulher, no Gonzaga, a “Blitz de Respeito”, ação em parceria com a Polícia Civil. 

Com 30 agentes femininas da Guarda Civil Municipal e policiais civis, a iniciativa orientou sobre como reconhecer os sinais de violência e como denunciá-la. As pessoas abordadas receberam panfleto contendo as formas de violência e os canais de denúncia disponíveis. Também ganharam laço rosa, simbolizando o incentivo ao respeito e à segurança das mulheres.

Josefina Santos elogiou a blitz. Percorrendo o calçadão da Avenida Ana Costa, disse que o conhecimento é libertador para as mulheres, vítimas de violência ou não. “Às vezes, uma mulher sofre violência e nem sabe. E, muitas vezes, vem de alguém que a mulher confia, o marido, o pai, o padrasto, por exemplo, o que torna mais difícil compreender que se trata mesmo de uma violência. E o pior é que a agressão vem camuflada, e a mulher não percebe. Só a informação pode mudar esse desconhecimento”.

A moradora de Canela (RS) Suzimara Colombo Boniatti enalteceu a operação como ferramenta de informação para salvar mulheres vítimas de violência. “Cada vez mais tem que conscientizar. Sou da turma que apoia dar conhecimento para romper as agressões e respeitar os nossos direitos”.

COMPROMISSO

Vice-prefeita de Santos e secretária de Educação, Audrey Kleys destacou o compromisso da Prefeitura com o enfrentamento da violência contra a mulher. “Santos cumpre todas as diretrizes da política nacional no que diz respeito à violência doméstica, ao acolhimento e ao cuidado com esta mulher que sofre algum tipo de violência. Temos a Casa Abrigo Sigiloso, a Casa de Passagem, a Casa das Anas, a Casa da Mulher. A cidade tem todas as políticas públicas já consolidadas, onde a mulher pode se sentir mais segura em procurar o serviço, porque lá ela será encaminhada para cada atendimento específico e especializado”.

A secretária de Segurança Pública de Santos, Raquel Gallinati, explicou que a proposta da blitz foi alcançar mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, que sofrem silenciosamente, sem o conhecimento das ações de segurança e judiciais. A meta é agir preventivamente, evitando a violência e até casos mais graves, como o feminicídio, por meio da conscientização. “Muitas vezes, o lugar mais perigoso para uma mulher é o próprio lar, porque lá está o seu algoz, quem deveria dar proteção. Quando a gente dá a informação, indica o caminho para que não fique mais calada, sofrendo as agressões diariamente, a gente está buscando salvá-la, para que ela não acabe em uma delegacia de polícia ou numa casa abrigo, ou mesmo faça parte de programas de proteção às vítimas e testemunha”.

A blitz visava sensibilizar tanto mulheres quanto homens. Para Raquel, o enfrentamento à violência é  desafio de toda a sociedade. “Não é uma questão de gênero nem de minorias, mas, sim, uma pauta de todos nós, porque é uma causa, sobretudo, de direitos humanos. Precisamos dos homens, juntos às mulheres, para protegê-las da violência. Afinal, quem agride a mulher não é o homem, enquanto gênero masculino, mas quem é criminoso e covarde”.

Delegada titular da Mulher de Santos, Débora Perez Lázaro afirmou que o despertar para os direitos é essencial para que a mulher possa denunciar e pedir ajuda. “Todos os instrumentos legais estão disponíveis, a Lei Maria da Penha, as delegacias, as medidas de proteção. Portanto, a gente tem que dar esse conhecimento para denunciar, quando for o caso. Porque, senão, se torna um círculo vicioso”.

GUARDIÃ MARIA DA PENHA

Uma das principais iniciativas de segurança da Prefeitura é o programa Guardiã Maria da Penha,  parceria com o Ministério Público. Por meio dela, agentes da Guarda Civil Municipal fazem o acompanhamento de mulheres vítimas de violência com medida protetiva. São feitas visitas nas residências dessas mulheres, sempre em duplas, sendo um guarda masculino e um feminino.

Participante do programa, a inspetora-chefe da GCM Maria Aparecida Cruz Melo contou que, diariamente, visita quatro vítimas pela manhã e mais quatro à tarde. Nesses encontros, ela reforça a necessidade de cumprimento da medida protetiva, com o distanciamento do agressor. Quando as regras impostas pela Justiça não estão sendo cumpridas, o Ministério Público é avisado para que tome as providências. “O nosso propósito é atuar e dar apoio às vítimas, para que elas possam seguir adiante após a agressão. A gente dá orientação e apresenta os serviços que a Prefeitura oferece”.

TIPOS DE VIOLÊNCIA

Existem vários tipos de violência: física, psicológica, sexual, moral, patrimonial e até aquela quando há invasão da privacidade. A violência física é quando há agressões, como tapas, socos, chutes e empurrões. Já na psicológica estão presentes humilhações, ameaças, insultos e manipulação emocional. Os casos de violência sexual são aqueles em que o ato não é consentido.

A violência moral é percebida por meio de calúnia, difamação ou exposição da intimidade. Por outro lado, a patrimonial é aquela em que há controle do dinheiro, destruição de pertences e documentos. Por fim, existe a chamada de stalking, quando há perseguição obsessiva, com monitoramento, ameaças ou invasão de privacidade, causado medo e sofrimento.

SERVIÇOS

Qualquer pessoa pode fazer denúncia sobre casos de violência contra a mulher acionando os telefones 197 (Polícia Civil), 153 (Patrulha Maria da Penha), 180 (Central de Atendimento à Mulher), 181 (Disque Denúncia), 190 (Polícia Militar), e, ainda, presencialmente, na Delegacia da Mulher de Santos, que fica na Rua Assis Corrêa, 50, no Gonzaga, ou por meio eletrônico, através do e-mail [email protected].

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS