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Brasil tem 2,4 milhões de pessoas autistas; Baixada Santista conta com 27.824

Reprodução

Pela primeira vez na história, o Brasil possui um número oficial sobre a quantidade de pessoas autistas no país. De acordo com dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2,4 milhões pessoas declararam ter diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) — 1,2% da população com dois anos ou mais que residente no país. Do total, 27.824 moram na Baixada Santista.

Apesar disso, a ativista e defensora de políticas públicas para autistas Ana Paula Chacur pontua que os números podem ser maiores. “Eu mesma, que sou mãe de autista e moro em Santos, não pude responder o questionário completo, no qual havia perguntas sobre o assunto. Então, acredito que este número pode ser ainda maior”, declarou a respeito da pesquisa, que foi divulgada em meados de maio.

Mesmo assim, a especialista acredita que o fato de haver um indicador já traz benefícios. “Estas informações permitem dimensionar este público e reforça a urgência na ampliação de políticas voltadas à inclusão, à acessibilidade e ao atendimento adequado em todos os espaços sociais, especialmente na saúde, na educação e no mercado de trabalho”, destaca.

O levantamento revelou que um em cada 38 brasileiros é autista. Também chamou atenção o fato de mais de um milhão de indivíduos com TEA terem entre 5 e 24 anos. No geral, a prevalência do diagnóstico do transtorno foi maior entre os homens (1,5%) do que entre as mulheres (0,9%).

Com relação aos números da Baixada, o Censo revelou que a cidade com maior quantidade de autistas é Praia Grande, com 6.416 pessoas com diagnóstico do transtorno. Na sequência, aparecem: Santos (5.295), São Vicente (4.810), Guarujá (4.262), Itanhaém (1.765), Mongaguá (1.562), Cubatão (1.481), Peruíbe (1.268) e Bertioga (965). Como, aqui, vivem 1.862.976 cidadãos, a proporção é de um indivíduo autista para cada 67 habitantes.

Para Ana Paula Chacur, os números revelados pelo IBGE não apenas dão visibilidade à população autista, mas também colocam um alerta sobre os desafios que ainda precisam ser enfrentados. “Esses dados escancaram uma realidade que não pode mais ser ignorada. Fica evidente que o Brasil precisa acelerar as ações para promover uma sociedade mais acessível, inclusiva e acolhedora para quem está no espectro”, conclui.

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