Uma aluna, de 15 anos, da Escola Estadual Alexandrina Santiago Netto, situada na cidade de Praia Grande, litoral paulista, filmou o momento em que um caramujo entrou em uma sala de aula pela janela. A presença do animal na unidade escolar já havia sido relatado anteriormente e preocupa os pais com a saúde dos filhos, devido à transmissão de doenças.
O vídeo foi gravado na última segunda-feira (27), mas não é a primeira vez que o animal aparece. Porém, mesmo com reclamações em reunião escolar, nada foi feito, segundo relatos de responsáveis.
A Secretaria de Educação (Seduc) do Estado de São Paulo informou em nota que semestralmente é realizada a dedetização na escola, e o mato que cerca a unidade é aparado regularmente, sendo a próxima poda a ser realizada assim que o período de chuva terminar.
A Diretoria de Ensino de São Vicente também esclareceu que não há infestação de caramujos na unidade. E que a incidência do molusco na região é devido ao clima e calor.
Na terça-feira (28), após as denúncias, a equipe de Saúde Ambiental fez uma vistoria na escola e não encontrou nenhum caramujo. De acordo com a Prefeitura de Praia Grande, a gestão da unidade de ensino foi orientada em como fazer a coleta e o descarte correto do animal.
Doença
A espécie de molusco terrestre visto na escola, é conhecido como caramujo africano, e pode causar uma doença chamada Angiostrongiliase, que apresenta sintomas como: dores de cabeça, náuseas, vômitos, meningite e paralisia, podendo levar até a morte em casos mais graves.
A transmissão da doença pode ser feita pelo contato direto com o molusco, ou com o muco dele, ingestão de água e alimentos contaminados por seu fluido, consumo de carne de animais infectados pelo caramujo, ou ainda ao encostar em um local contaminado e levar as mãos sujas até a boca, olhos ou nariz.