Defesa de policial acusado de matar MC Primo deixa plenário e júri é remarcado

Reprodução

O policial militar, Anderson de Oliveira Freitas, foi à júri popular na terça-feira (14), por ser suspeito de matar a tiros o cantor MC Primo no dia 19 de abril de 2012. Ele teve sua prisão preventiva decretada em dezembro de 2022, após o Ministério Público ter o denunciado, visto que os exames periciais confirmaram que um dos 11 projéteis que atingiram a vítima saiu da arma do acusado.

O julgamento aconteceu no Fórum de São Vicente, onde seriam ouvidas sete testemunhas, sendo três delas de acusação e as outras quatro de defesa. O advogado do acusado, porém, abandonou o plenário antes de ser finalizado, e portanto, uma nova data foi marcada para a decisão judicial, no dia 16 de julho.

Segundo informações, a defesa do réu teria tomado esta atitude após ter afirmado que o juiz estava sendo parcial à a acusação. Isso se deu, pois, durante o júri, um dos defensores de Anderson teria questionado ao magistrado se os jurados queriam ouvir o perito nos termos do Código de Processo Penal e o juiz ia fazer esse questionamento ao conselho de sentença. Antes disso, estavam explicando o por quê o perito oficial havia sido dispensado de ser ouvido. A defesa, neste momento, deixou o plenário.

O funkeiro, Jadielson da Silva Almeida, com nome artístico ‘MC Primo’, foi abordado por criminosos quando chegava em sua casa, localizada no bairro Jóquei Clube, em São Vicente. Um homem encapuzado ordenou que a mulher e filho do cantor entrassem na residência, e efetuou 11 disparos contra o músico.

O crime foi realizado por um grupo armado, mas apenas Anderson foi identificado. Interrogado em juízo em 2022, antes de sua prisão preventiva, o suspeito alegou que no dia do ocorrido estava de folga, e que não conhecia o funkeiro. Porém, o juiz alegou na sentença que o réu foi visto cumprimentando o MC horas antes dos fatos.

Segundo o IML (Instituto Médico Legal), o MC Primo sofreu quatro perfurações no tórax, duas na coxa direita, uma no ombro, três nas costas e uma no punho esquerdo. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

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