Duzentos funcionários da empresa Yara Brasil Fertilizantes, situada na cidade de Cubatão, litoral paulista, que atuavam na produção de fertilizantes fosfatados, foram demitidos na última terça-feira (11).
De acordo com a justificativa da empresa, os desligamentos ocorreram pois foi iniciada a hibernação da produção de fertilizantes fosfatados e ácido sulfúrico. A Yara agora estará focada apenas em fertilizantes nitrogenados, além de frentes estratégicas como soluções de baixo carbono, neutralidade climática e agricultura regenerativa.
“Sendo assim, em Cubatão a Yara seguirá operando normalmente na produção de nitrogenados das unidades 1 e 2, além da misturadora, a unidade 5, em seu Complexo Industrial de Cubatão. Serão hibernadas as unidades 3 e as plantas de fosfatados da unidade 2.”, explicou a empresa em nota.
Esse processo de hibernação tem previsão de encerrar ao final de 2025, e a empresa ressaltou que está seguindo a política de transparência e respeito às pessoas em cada etapa. Aos colaboradores impactados, a empresa ofereceu, além dos direitos previstos em lei, um pacote de benefícios adicionais em negociação com os respectivos sindicatos.
“A Yara reitera o compromisso com a operação brasileira, que continuará a desempenhar um papel essencial, com ainda mais foco na agenda de crescimento do agronegócio e do segmento industrial no país. Este movimento é impulsionado por iniciativas como o início da produção de amônia renovável em Cubatão (SP), que segue entre as prioridades globais da empresa, bem como a recém-inaugurada expansão do complexo de Rio Grande (RS), que recebeu aportes de R$ 2,1 bilhões para dobrar sua capacidade de produção, mistura, ensaque e distribuição, possibilitando que a Yara envie insumos a diversos estados brasileiros e países vizinhos.”.
As demissões, porém, podem ter ultrapassado o número de 200, se forem contabilizados também os trabalhadores indiretos. A Equipe do TH+ entrou em contato com o Sindicato dos Químicos para entender o posicionamento da classe.