Fabiano Helarico, de 29 anos, suspeito de ter participado de um suposto racha de charretes, que resultou na morte da ciclista Thalita Danielle Hoshino, de 38 anos, na Praia de Taniguá, no município de Peruíbe, no litoral de São Paulo, foi preso preventivamente em São Bernardo do Campo. Outras três pessoas envolvidas estão foragidas.
A vítima foi atropelada no dia 23 de março, e seu óbito foi confirmado dois dias depois do acidente. O investigado foi localizado na Rua Passagem Anápolis, bairro Riacho Grande, após seu carro ser identificado por radares. De acordo com a Polícia Civil, ele também dirigia uma charrete no momento do acidente.
Além deste investigado, Rudney Gomes Rodrigues, que conduzia a charrete que atropelou a ciclista já está preso preventivamente. A Justiça também procura pela sua esposa, e outras duas pessoas.
Relembre o caso
Thalita Danielle Hoshino, de 37 anos, que estava internada em estado grave, após ter sido atropelada por uma charrete enquanto andava de bicicleta na praia de Itanhaém, não resistiu e veio à óbito na tarde do dia 25 de março. O condutor alegou não ter visto a mulher.
O acidente aconteceu na manhã do dia 23 de março, na Avenida Santa Cruz. Segundo o boletim de ocorrência, na versão do condutor, ele transitava com a charrete quando avistou uma ciclista à sua esquerda, mas não percebeu que Thalita vinha pela direita. A mulher teria cruzado à frente da charrete, resultando na colisão frontal.
A vítima foi socorrida e encaminhada à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade pelo advogado do autor, onde foi diagnosticada com traumatismo cranioencefálico (TCE) grave e submetida a uma entubação orotraqueal (IOT). Em seguida, ela foi inserida na Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) e transferida para o Hospital Irmã Dulce, onde não resistiu e faleceu após dois dias do ocorrido.
Inicialmente o caso foi registrado como lesão corporal na Delegacia Seccional de Itanhaém, porém, foi instaurado um inquérito como homicídio tentado.
Além de ficar entubada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), Thalita também passou por uma cirurgia e precisou retirar um olho. A amiga que estava com ela, afirma que a charrete estava em alta velocidade, e que a vítima não teria invadido a frente como o condutor alegou.
O que diz a Prefeitura de Itanhaém
A Prefeitura de Itanhaém lamenta o ocorrido e esclarece que, apesar das investigações estarem sendo conduzidas pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém, o acidente ocorreu na Praia de Taniguá, no município de Peruíbe. De acordo com os vídeos nas redes sociais, a vítima já havia passado a divisa com Itanhaém.
Sobre denúncias de “constantes rachas de charretes na região”, as demandas recebidas pela Guarda Civil de Itanhaém, até o momento, não se referem aos limites do município de Itanhaém.
Sobre o acidente, a paciente deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento de Itanhaém (UPA), vitimada de um Traumatismo cranioencefalico (TCE) grave e foi submetida a uma intubação orotraqueal (IOT). Às 12h30, a paciente foi inserida no sistema Cross e transferida para o Hospital Irmã Dulce.
Itanhaém possui leis específicas que proíbem o ingresso e a permanência de animais na faixa de areia, bem como a circulação de veículos de tração animal destinados ao transporte de carga em vias públicas (Leis nº 3.553/2009 e 4.558/22, respectivamente). Nestes casos, a fiscalização compete a Guarda Civil Municipal.