A Escola Pública de Surf de Santos (Posto 2), que já atendeu mais de 40 mil pessoas em 33 anos de atividades, foi reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Município. O título em forma de lei, publicada na edição desta terça-feira (7) do Diário Oficial, celebra uma iniciativa pioneira que transforma vidas e promove o esporte na Cidade.
A unidade, vinculada à Secretaria Municipal de Esportes (Semes) e em parceria com a Blue Med Saúde, atende atualmente cerca de 400 alunos de 8 a 78 anos, com aulas de surfe e bodyboarding.
“O surf é mais que um esporte. Proporciona o contato com a natureza, saúde física e mental, amizades. A nossa escola de surfe é pioneira em aproximar as pessoas dessa atmosfera que faz tão bem para o corpo e para a alma, com atenção profissional e o espírito de aloha tão bem representado na figura do educador Cisco Araña, um entusiasta da inclusão e do bem-estar. É o merecido reconhecimento a uma escola que é referência para o Brasil e para o mundo”, afirmou o prefeito Rogério Santos, que sancionou o título.
O reconhecimento é fruto de projeto de lei apresentado pela ex-vereadora, atual vice-prefeita e secretária da Educação, Audrey Kleys. A ideia, que surgiu em junho do ano passado com apoio do Executivo, foi aprovada de forma unânime pela Câmara de Vereadores, em consenso sobre a importância cultural e social do surfe para a região.
LEGADO PARA A CIDADE
Coordenador da escola desde a criação, Cisco Araña celebrou o reconhecimento como um marco notável e emocionou-se ao falar sobre o impacto do trabalho de mais de três décadas. “É algo inédito que faz parte de um trabalho incrível de muito tempo, de tantas pessoas que já atendemos aqui, e que vai continuar para sempre. É um legado. A transformação em patrimônio assegura a continuidade do projeto, garante sua relevância e impacto social por muitos anos. Há todo um esforço coletivo para a preservação de um equipamento que transforma vidas, especialmente em uma Cidade com cidadãos apaixonados e comprometidos com o esporte”, destacou Cisco.
DIA HISTÓRICO
O comerciante João Marcelo Casarin levou a sobrinha Valentina, 5 anos, para estrear uma aula no mar exatamente no dia em que houve o reconhecimento. Surfar era um sonho recente de João, que participa das aulas há seis meses e agora compartilha a experiência com a pequena. “Quis que ela tivesse mais contato com o mar, com a natureza, com atividade física, pra dar uma desligada de celular, de dentro de casa e aproveitar as férias, mas começar a aula em um dia histórico é fantástico. Isso significa que a escola vai continuar e que esse projeto não vai acabar nunca. Muito legal”, comentou.