Ex-namorado que ‘pediu desculpas’ e atirou contra jovem e pai em Miracatu é condenado a mais de 48 anos de prisão

O Ministério Público do Estado de São Paulo decidiu pela condenação de mais de 48 anos de prisão para João Carlos de Oliveira Antunes, de 29 anos, acusado pela morte de Yasmin Santos de Queiroz, de 25 anos, e seu pai, Francisco Xavier Marques de Queiroz, de 60 anos. Ambos foram assassinados dentro de casa, pelo ex-namorado da jovem, em Miracatu, no Vale do Ribeira, em maio de 2024.

O crime aconteceu dia 11 de maio de 2024, na Rua Joaquim Pedroso, no Centro da cidade. No momento em que o indivíduo adentrou o local, a mãe e esposa das vítimas, de 54 anos, estava presente na residência. O primeiro baleado foi o pai, que ao ouvir um barulho, foi ver o que havia acontecido.

Depois, o homem foi até o quarto da jovem, e a levou para o quintal da casa. Ele atirou três vezes contra a ex-namorada, e ainda pediu desculpas antes do ato. A jovem já tinha uma medida protetiva contra ele. Veja o vídeo abaixo.

De acordo com o MP, após denúncia do promotor Paulo Campos dos Santos e atuação em Plenário da promotora Mariana Nunes Borges, o réu recebeu pena total de 48 anos de reclusão e 3 meses de detenção. Ele está preso e não poderá recorrer em liberdade. 

“Presidido pelo magistrado Luiz Gustavo Rosa, o Conselho de Sentença reconheceu a tese defendida pelo MPSP de que houve um feminicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima e agravado pela prática na presença de ascendente e em descumprimento de medida protetiva. O homicídio contra o pai foi qualificado também por recurso que dificultou a defesa.”, concluiu o MP.

Reprodução

O caso

Após o crime, o suspeito fugiu de carro. O Instituto de Criminalística (IC) foi acionado e realizou a perícia no local. O caso foi registrado como feminicídio, violência doméstica e homicídio na Delegacia de Miracatu. 

Na madrugada do dia 13 de maio, João Carlos foi localizado em um sítio, localizado no bairro Pascoval. O homem foi encaminhado à cadeia pública de Registro (SP). A arma utilizada no crime ainda havia sido encontrada, mas o fato não impede sua condenação.

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