O felino Café, resgatado com vida ameaçada e ferimentos graves, agora celebra um final feliz após superar a Esporotricose, uma grave zoonose. Resgatado por Ágatha Neves, publicitária santista, Café chegou ao Hospital Veterinário Viva Bicho, em Santos, no início deste ano, com uma condição crítica.
Logo após os primeiros atendimentos realizados, a publicitária foi notificada que havia se tornado a única responsável legal por Café, assumindo todas as despesas financeiras e, caso o abandonasse, responderia criminalmente por abandono. Ágatha enfrentou altos custos de tratamento e lançou a campanha #NaoDeixeOCafeEsfriar em suas redes sociais para arrecadar fundos. Seu esforço, documentado diariamente em suas redes, foi crucial para custear o tratamento de Café. Após a recomendação do vereador Fabricio Cardoso, Café foi transferido para o Instituto Miaumigos do Nino, o único no estado de São Paulo especializado no tratamento da Esporotricose, onde recebeu cuidados intensivos por seis meses.
Em agosto de 2024, Café recebeu alta e foi adotado pela própria Ágatha Neves na última sexta-feira (23). Em suas palavras: “O caso do Café me emociona muito. Não tenho palavras para descrever o que senti ao vê-lo tão debilitado, o que me moveu para resgatá-lo e agora poder ver sua evolução e cura. É indescritível a sensação de salvar uma vida; só consigo sentir gratidão por todos que me ajudaram nessa longa jornada. Agora, Café ganhará um lar e será muito amado por sua família.”
Entenda a doença:
A Esporotricose é causada pelo fungo Sporothrix schenckii e afeta tanto gatos quanto humanos. Nos felinos, manifesta-se por lesões na pele que podem evoluir para úlceras graves e afetar órgãos internos. Em humanos, causa feridas na pele que podem se agravar se não tratadas. O tratamento exige o uso prolongado de antifúngicos, como o itraconazol, por 3 a 6 meses, para garantir a cura e prevenir a disseminação da doença.
Lei Café:
Visando melhorar o suporte a animais com Esporotricose, Ágatha Neves está promovendo um projeto de Lei para estabelecer uma parceria entre a Prefeitura e ONGs. O objetivo é auxiliar no custeio dos tratamentos e oferecer respaldo legal para aqueles que resgatam animais com a patologia. Esta iniciativa surgiu após a experiência desafiadora de Ágatha com Café, que demonstrou a necessidade urgente de apoio público.