Governo lança programa ‘SP nos Trilhos’ com investimento estimado em R$ 190 bilhões

Foto: Governo de São Paulo

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Parcerias em Investimentos, lançou na quarta-feira (29) o programa SP nos trilhos, que reúne projetos de transporte de cargas e passageiros por ferrovias. São mais de 40 projetos entre trens intercidades (TIC), veículo leve sobre trilho (VLT), trens urbanos e metrô. Ao todo, os projetos estão estimados em R$ 194 bilhões e mais de 1 mil km de extensão de trilhos.

Entre os projetos qualificados estão o TIC Eixo Norte (São Paulo/Campinas), que chamará TIC Trens, do consórcio C2 Mobilidade, e que teve o contrato assinado nesta quarta, o TIC Eixo Oeste (São Paulo/Sorocaba), TIC Eixo Leste (São Paulo/São José dos Campos), TIC Eixo Sul (São Paulo/Santos), as linhas 10 e 14 (ABC Leste), 11, 12, 13 (Alto Tietê) de trens urbanos, as linhas 19 e 20 de metrô, e os VLTs de Campinas e Sorocaba.

O programa conta com projetos que ainda estão em avaliação, como: os trens intercidades São José dos Campos/Taubaté, Sorocaba-Campinas-Ribeirão Preto, Campinas/Araraquara e empreendimentos do Metrô e da CPTM. Fazem parte também do SP nos trilhos as construções e expansões das linhas 2, 4, 5, 6, de metrô, 8, 9, 10, 12 e 13 de trens metropolitanos, além de dois trechos do VLT da Baixada Santista.

“O estado de São Paulo cresceu e suas grandes cidades nasceram às margens dos trilhos. Há um grande esforço do Governo do Estado de retomar o transporte ferroviário, que é urgente e importante. As rodovias estão cada vez mais congestionadas, nós precisamos de uma solução sustentável e aderente ao que o mundo faz. Se vamos começar a retomada do transporte ferroviário de passageiros no Brasil, isso tem que acontecer em São Paulo. Temos um futuro ferroviário que está renascendo, nós vamos fazer a ferrovia renascer no estado de São Paulo e o paulista voltar a andar de trem”, afirmou Tarcísio.

Trem Intercidades

O projeto do TIC Eixo Sul, que vai ligar a cidade de São Paulo a Santos, terá investimentos de até R$ 15 bilhões e estudos iniciados para avaliar a viabilidade do projeto, além de serem levantados modelos de negócio para a estruturação da iniciativa. A extensão total da linha pode ficar entre 80 km e 115 km, gerando cerca de 13 mil empregos. O projeto é uma alternativa que pode desafogar o trânsito no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), trazendo mais fluidez para quem circula entre São Paulo e a Baixada Santista.

Já o TIC Eixo Leste ligará a capital paulista ao município de São José dos Campos. Os investimentos previstos são de R$ 10 bilhões. Os estudos também já foram iniciados para avaliar a viabilidade do projeto além de serem levantados modelos de negócio para a estruturação da iniciativa.

A extensão total da linha pode ficar entre 80km e 130km, gerando cerca de 5 mil empregos e beneficiando ao menos 4 municípios. O tempo de trajeto deve ficar em 75 minutos.

O TIC Eixo Oeste vai ligar a Grande São Paulo à cidade de Sorocaba. O projeto já foi qualificado e está em fase de estudos técnicos, com previsão de leilão para 2025. O investimento estimado é de R$ 8,5 bilhões.

Há ainda em estudo projetos para os trens intercidades São José dos Campos/Taubaté, Sorocaba-Campinas-Ribeirão Preto, e Campinas/Araraquara.

Veículo leve sobre trilhos

O VLT de Campinas o centro da cidade ao Aeroporto Internacional de Viracopos e também fará ligação com os municípios de Hortolândia e Sumaré. Serão 44 km de extensão e 18 estações. O investimento estimado é de R$ 4,5 bilhões. O projeto, que avança com o início de estudos de viabilidade para a estruturação das iniciativas, se une ao TIC Eixo Norte, que conectará a cidade de São Paulo, e ao o TIM (Trem Intermetropolitano), entre Campinas e Jundiaí.

Outra cidade que ganhará um VLT é Sorocaba. O projeto, que já foi qualificado, estima que a linha vai ter 25km de extensão e vai ligar a cidade a Iperó. O ramal, além da melhoria na mobilidade dentro de Sorocaba, vai permitir integração com a futura estação do TIC Eixo Oeste. O aporte previsto para o empreendimento é de R$ 2,5 bilhões. Nessa etapa de estudos serão levantados também modelos de negócio para a viabilidade do projeto. Cerca de 2 mil empregos diretos e indiretos podem ser gerados e beneficiar 760 mil pessoas.

O VLT Baixada Santista (trechos 2 e 3) também está no radar. Com valor total estimado em aproximadamente R$ 1 bilhão, os trechos juntos terão 15km de extensão e beneficiará Santos e São Vicente.

Metrô e trens metropolitanos

Dentro do SP nos trilhos estão estudos de possíveis concessões de linhas, como a 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, a implementação da 19-Celeste e 20-Rosa, e a conclusão da linha 6-Laranja. Além da expansão de linhas como 2-Verde e 4-Amarela.

O secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, ressaltou que a expansão de linhas importantes da cidade de São Paulo e região metropolitana serão incluídas no SP Nos Trilhos, assim como futuras concessões.

“A gente vai empacotar a extensão da Linha 2, da Linha 4 para Taboão da Serra, a Linha 5 para o Jardim Ângela, a Linha 6 para a Mooca, e a Linha 9 para a Água Branca, além das concessões das linhas 10, 11, 12 e 13, e 14. E ainda a extensão da Linha 15 do metrô e a construção da Linha 17”, detalhou Benini.

PPI-SP

O Programa de Parcerias de Investimentos visa atrair investimentos privados, com o objetivo de melhorar a prestação dos serviços públicos à população, ampliando as oportunidades de negócios, emprego, desenvolvimento socioeconômico, tecnológico, ambiental e industrial em São Paulo.

A atuação do PPI-SP é baseada na sustentabilidade dos projetos, na segurança jurídica, na estabilidade das normas, além da observância das melhores práticas nacionais e internacionai

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