Lademir Cícero Nunes Marques, de 63 anos, foi resgatado pela Guarda Civil Municipal (GCM) após ser encontrado desorientado nas ruas da cidade de Guarujá, litoral paulista. O homem não conseguia fornecer informações claras sobre sua identidade, e sua família, e as redes sociais auxiliaram a assistente social Rúbia Gabriela Andrade de Oliveira Araújo, a proporcionar um reencontro inesquecível.
Em uma noite de janeiro, um munícipe, sensibilizado com a situação de Lademir, acionou a GCM. Percebendo que ele estava perdido e confuso, a equipe prontamente o encaminhou para o Albergue Municipal José Calherani. Durante os primeiros atendimentos, Lademir não conseguia fornecer informações, contudo, o comprometimento e a sensibilidade da assistente social Rúbia Gabriela Andrade de Oliveira Araújo mudaram o curso dessa história.
Ao entrevistá-lo, Rúbia conseguiu identificar o nome de sua filha, Crislane. Determinada a encontrar a família, ela utilizou as redes sociais e localizou a página profissional da filha.
Foi através de uma mensagem no WhatsApp que Rúbia trouxe esperança à família: “Quando entrei em contato, Crislane ficou incrédula. Ela me contou que seu pai estava desaparecido há quase um ano e que já havia registrado um boletim de ocorrência de desaparecimento”.
Após uma chamada de vídeo entre Lademir e sua filha, o reencontro foi confirmado para o último dia 11. Rúbia acompanhou o senhor Lademir até o encontro com Crislane, que, emocionada, compartilhou os meses de busca incansável pelo pai, desaparecido desde Poá, sua cidade de residência. Durante esse período, Lademir vagou por cidades como Rio de Janeiro, Santos e, por último, chegou ao Guarujá.
“A reunião de Lademir com sua família foi possível graças à dedicação da equipe da Sedeas e ao comprometimento com o fortalecimento dos vínculos familiares”, comentou a administração municipal.
Embora tenha sido acolhido no Albergue, histórias como a de Lademir refletem o trabalho diário realizado pelo Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro Pop), que oferece acolhimento, alimentação, higienização e atendimento social personalizado.
“Não existe um programa específico para busca de familiares. O que faz diferença é o olhar humanizado, o comprometimento em ouvir e agir, seja por meio de redes sociais, cartórios ou delegacias”, explicou Rúbia. Essa dedicação, somada à colaboração entre diferentes setores, foi crucial para a solução do caso.



