O pedido de prisão temporária de Manuela Xavier, de 40 anos, havia sido decretado pela Justiça no final de maio, após mais de um mês de sua ação em que tirou o filho à força da avó paterna, no dia 23 de abril deste ano, em Santos, litoral paulista. Ela era considerada foragida pelo crime de ‘sequestro e cárcere privado’, anteriormente tratado como ‘subtração de incapaz’.
Porém, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu por anular o pedido da prisão temporária da mãe, sendo assim, ela não é mais considerada foragida. Além de acatar a defesa de Manuela, também foi determinada a soltura das duas tias do menino, que foram presas por terem ajudado a mãe a fugir.
O Ministério Público (MP-SP) ainda pode oferecer uma denúncia contra Manuela novamente. O menino, de 5 anos, foi devolvido no Fórum de Santos no último dia 7, pela avó materna.
A delegada do caso espera que a mulher se apresente à polícia para relatar sua versão do caso. Ela segue sendo indiciada. Outros dois homens também já foram indiciados durante as investigações por também terem envolvimento na fuga de Manuela.
Relembre o caso
No último dia 23, pela manhã, Manuela Xavier, de 40 anos, tirou seu filho à força dos braços da avó paterna, que levava a criança à escola, no bairro Ponta da Praia, em Santos, litoral paulista. O caso repercutiu nas redes sociais devido a forma em que a ação aconteceu, visto que o garoto, Lorenzo, de 5 anos, parecia assustado.
Um carro a esperava, enquanto Lorenzo era puxado pela mulher, e colocado dentro do veículo. O pai da criança, Eduardo Cassiano, de 51 anos, é quem tem a guarda do menor na Justiça, e a divide junto com sua mãe (avó do menino). Manuela, portanto, tem o direito de visitas e de acompanhar e supervisionar as decisões quanto à criação do filho.
Porém, após o ocorrido, Eduardo alega que Manuela não era presente na vida de Lorenzo, que fazia poucas visitas e que já vinha alegando que iria se mudar para Aracajú (SE), e que levaria o menino “independente do genitor concordar ou não”. Uma tutela de urgência foi pleiteada para firmar o direito do pai e da avó, na ocasião.
A mulher enviou um vídeo para a Equipe TH+, se defendendo e dizendo que sua ação foi um “ato de desespero”. Em sua fala, Manuela também afirma que a história não é do jeito que Eduardo conta, e alega ter inclusive boletins de ocorrência contra o homem por agressão.
Ela também diz que Lorenzo está bem, que quer ficar com ela, mas que o pai não deixa ela ter contato com o menino desde o começo do ano por não aceitar o término da relação.
Um mandado de busca e apreensão do garoto foi expedido, e as buscas e investigações seguem pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) junto à Polícia Civil.