Justiça converte prisão de pastor acusado de matar mulher trans em motel de Santos em preventiva

Reprodução

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo decidiu por converter a prisão em flagrante, em preventiva, do pastor acusado de matar Luane Costa da Silva, de 27 anos, mulher trans, natural de Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano, encontrada morta em um quarto de motel, na cidade de Santos, litoral paulista.

O homem, de 45 anos, atua como pastor em uma igreja do mesmo município, e foi preso após assumir que teria entrado em luta corporal com a vítima, deixando o local ao perceber que a mesma estava com o braço ‘mole’. O caso aconteceu na noite de segunda-feira (21), na Avenida Rangel Pestana, no bairro Vila Matias.

A decisão foi decretada na última quarta-feira (23), durante a audiência de custódia. A medida é usada para manter o acusado detido durante toda a investigação e andamento do processo, até a sentença final.

Na data dos fatos, o pastor foi detido ao voltar ao local, pois havia esquecido seu telefone celular no quarto. Ao adentrar o cômodo, um funcionário do motel já estava em chamada com a esposa do acusado. Ele foi segurado por duas pessoas, até a chegada da Polícia Militar, sendo detido em flagrante.

A Polícia Civil investiga o caso, e segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), foi requisitado exame necroscópico para identificar a causa da morte. O caso foi registrado como homicídio na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos.

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Versão do pastor

O pastor, que atua há 25 anos em uma igreja da região, é casado e pai de três filhos. Ele temia que a mulher descobrisse a traição. Segundo seu relato às autoridades, ele dirigia pela Avenida Senador Feijó, quando a mulher se aproximou, oferecendo um programa por R$ 100. Ambos, então, se deslocaram até um motel próximo.

No quarto, porém, o acordo foi desfeito, após o homem descobrir que Luane era uma mulher trans. Ela, por sua vez, exigiu mais um pix de R$ 100, por se sentir humilhada com a recusa. O pastor teria feito mais essa transferência para evitar problemas.

No relato do acusado, Luane segurou a chave do quarto, e exigiu mais dinheiro, momento em que entraram em luta corporal. A mulher estava com uma arma de choque, e o atacou. O homem, então, caiu em cima da mesma.

Ao perceber que a profissional estava com o ‘braço mole’, deixou o local, levando com ele o equipamento da mesma. Segundo ele, a arma foi jogada em um canal da cidade. Ao retornar ao motel para pegar o celular que esqueceu, foi detido.

Luane

Luane e o marido, ambos da Bahia, viajaram para Santos no dia 15 de outubro, e a ideia era que, posteriormente, a irmã, que também é uma mulher trans, viesse morar com eles junto com seu companheiro.

As irmãs trabalhavam como profissionais do sexo e acompanhantes. O corpo da vítima foi transportado à Santo Antônio de Jesus, onde morava anteriormente. A TV Bahia informou que a causa da morte foi enforcamento e asfixia.

A mulher foi dada como desaparecida pelo marido na terça-feira (22), que informou que a mesma saiu para trabalhar, e não teria voltado pra casa desde então. Na quarta-feira (23), a polícia o informou que o corpo de Luane havia sido encontrado.

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