Para o mundo da moda, as mudanças de estação geram grandes oportunidades de renovação no guarda-roupa. Com a proximidade da Primavera, iniciam as queimas de estoques, com preços atrativos para muitas pessoas.
Para Rafael Flumingnam, consultor de imagem e estilo, o momento é propício para isso, já que o mercado têxtil precisa movimentar o que foi produzido durante todo o ano. Mas, não vale exagerar.
“A pessoa não deve se deixar levar pela compulsão e comprar peças que não fazem sentido para o guarda-roupa. É preciso consciência do próprio estilo pessoal, analisar o que já tem com honestidade, ver o que está funcionando para ela e definir quais peças são importantes”, pontua Flumingnam.
Para isso, é necessário montar uma estratégia. Faça uma lista do que é preciso ser adquirido, planilhe os investimentos e pesquise nas lojas, comparando dois preços de uma única peça.
Uma dica para as compras online é colocar as peças desejadas na aba de ‘carrinho de compras’, tirar um momento para pensar e depois voltar a ver quais peças, de fato, são interessantes para a compra.
E, para quem quer começar o guarda-roupa do zero, Rafael explica que um personal shopper pode ajudar de maneira prática e, inclusive, ajudando a economizar. “Nós somos impulsionados pelas promoções, que parecem tão boas e impossíveis de resistir. Depois, a pessoa se vê com um monte de coisa que não tem funcionalidade, não faz uma compra assertiva. Um especialista pode ser a chave para o momento”, pontua.
Fuja das tendências, opte pelo atemporal
A temporada de Primavera é uma “meia-estação”, que abrange um clima misto. Com isso, durante a troca de estoque, quem dita regra são as roupas adaptáveis, que podem ser utilizadas independente do clima. Opções como casacos leves, meia calça, vestidos e saias midi são algumas possibilidades.
Além disso, é fundamental que o público entenda que algumas peças são atemporais e funcionais. A exemplo disso, opções como camiseta lisa sem estampas branca ou preta, camisa branca com botões ou um jeans com corte reto, sem lavagens ou rasgos, é algo sempre útil.
“Este é o momento de apostar em modelos coringas, com tecidos de maior qualidade. Eu sempre sugiro que antes de pensar em tendências, a pessoa deve ter peças básicas que funcionem para a maioria das ocasiões. E investir um pouco mais, pois o valor da peça é medido pela quantidade de uso. Se o preço for mais alto, mas será utilizado mais vezes, vale a pena”, salienta Rafael.
Segundo Flumingnam, a escolha de cores neutras sempre está no topo ou, então, a pessoa deve seguir a cartela de coloração pessoal, mas nada de forma restritiva e engessada, para não ficar refém de determinada cor. “As pessoas devem usar o que gostam, sabendo combinar e equilibrar o visual diante dos objetivos e do estilo de vida dela”, garante o consultor.