Lorenzo, de 5 anos, foi tirado à forças da avó paterna, pela mãe, Manuela Xavier, de 40 anos, no dia 23 de abril e estava desaparecido desde então. O caso que antes era tratado como ‘subtração de menor’, foi enquadrado como ‘sequestro e cárcere privado’, e há um mandado de prisão temporária expedido em nome da genitora, responsável pela ação.
Na tarde desta sexta-feira (7), o menino foi entregue à Justiça de Santos pela avó materna. Na sequência, o garoto deve ser devolvido ao pai e a avó paterna, que têm a guarda compartilhada provisória desde janeiro, após a mãe ter ameaçado a fugir com o filho para Aracajú (SE).
A mãe, portanto, continua foragida. Duas tias do menino, por parte de pai, já foram presas, pois as investigações apontaram que ambas teriam ajudado Manuela a cometer os crimes. Além delas, dois homens já foram indiciados.
No final de maio, a advogada que representa a mãe, entrou com um pedido para que a mulher pudesse se apresentar sem que fosse presa. Além disso, a advogada também solicitou uma tutela de urgência para que a guarda provisória do garoto fosse modificada para que a mãe pudesse ficar com o filho.
Dois homens indiciados
Dois homens foram indiciados, pois teriam trabalhado em conjunto com Manuela, cada um tendo uma função para a ação ser bem sucedida. Maxwell Vegner Martins Nunes, de 38 anos, foi o motorista do carro em que a mãe fugiu.
Em seu depoimento, os passageiros foram deixados em uma estação de metrô, em São Paulo. Ele afirmou não saber que Manuela teria “subtraído” a criança.
O segundo homem identificado, trata-se de Erivan Francisco da Silva, de 41 anos, reconhecido pelo pai de Lorenzo como ex-cunhado da mãe do menino. Ele aparece no vídeo, de camiseta azul, fora do carro, e foi o responsável em garantir que Manuela conseguisse levar a criança sem ser impedida.
A dupla não foi presa até o momento.
Relembre o caso
No dia 23 de abril, pela manhã, Manuela Xavier, de 40 anos, tirou seu filho à força dos braços da avó paterna, que levava a criança à escola, no bairro Ponta da Praia, em Santos, litoral paulista. O caso repercutiu nas redes sociais devido a forma em que a ação aconteceu, visto que o garoto, Lorenzo, de 5 anos, parecia assustado.
Um carro a esperava, enquanto Lorenzo era puxado pela mulher, e colocado dentro do veículo. O pai da criança, Eduardo Cassiano, de 51 anos, é quem tem a guarda do menor na Justiça, e a divide junto com sua mãe (avó do menino). Manuela, portanto, tem o direito de visitas e de acompanhar e supervisionar as decisões quanto à criação do filho.
Porém, após o ocorrido, Eduardo alega que Manuela não era presente na vida de Lorenzo, que fazia poucas visitas e que já vinha alegando que iria se mudar para Aracajú (SE), e que levaria o menino “independente do genitor concordar ou não”. Uma tutela de urgência foi pleiteada para firmar o direito do pai e da avó, na ocasião.
A mulher enviou um vídeo para a Equipe TH+, se defendendo e dizendo que sua ação foi um “ato de desespero”. Em sua fala, Manuela também afirma que a história não é do jeito que Eduardo conta, e alega ter inclusive boletins de ocorrência contra o homem por agressão.
Ela também diz que Lorenzo está bem, que quer ficar com ela, mas que o pai não deixa ela ter contato com o menino desde o começo do ano por não aceitar o término da relação.
Um mandado de busca e apreensão do garoto foi expedido, e as buscas e investigações seguem pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) junto à Polícia Civil.