Mostra em Santos resgata novos olhares para Mário de Andrade

A exposição “As Multifaces de Mário de Andrade: Uma Viagem Visual” será inaugurada no dia 14 de março, às 19h, na Galeria Braz Cubas, em Santos, com obras de 14 artistas do Coletivo Teia e curadoria da artista Lia do Rio.

Não espere imagens convencionais de Mário de Andrade. Na mostra, cada artista apresenta sua visão única do legado de Andrade, baseado no impacto que sua obra e personalidade tiveram em suas vidas. “Conhecemos muito pouco sobre Mário e sobre tudo o que ele fez. Decidimos explorar esses vários e ricos aspectos de sua trajetória para que o público tenha um contato mais profundo com ele, como uma redescoberta através da arte”, afirma a curadora, Lia do Rio.

O Coletivo Teia foi idealizado e criado pela artista visual Regina Helene, em seu centro cultural em São Roque (SP), em 2021. O objetivo do coletivo é descentralizar a cultura dos grandes centros urbanos para cidades menores do Estado de São Paulo. O nome do coletivo remete à teia da vida, na qual, assim como na física quântica, uma rede conecta as pessoas, a natureza e o mundo, com cada artista mantendo sua identidade, mas, ao se unirem, formando uma nova forma de expressão.

Participam da exposição 14 artistas – sete do Rio de Janeiro e sete de São Paulo: Adriana Montenegro, Ana Maria Reis, Anita Fiszon, Bella Zubbelis, Cheli Urban, Denise Campinho, Guilherme Oliveira, Miro PS, Paulo Mazzaro, Regina Helene, Rosi Baetas, Rosiane Mazzaro, Sandra Fioretti e Vicência Gonsales. Anteriormente, outro grupo do coletivo montou uma exposição sobre Mário de Andrade e os 100 anos da Semana de Arte Moderna. Outro curador do grupo é Oscar D’Ambrosio.

Sobre Mário de Andrade

Mário de Andrade foi profundamente interessado nas necessidades dos grupos humanos e acreditava que as soluções estavam no próprio homem. Sua trajetória foi múltipla, como explica a curadora: “Mário ainda é pouco conhecido diante de tudo o que fez. Ao unir pensamentos e ideias às imagens do cotidiano, captadas por um olhar atento às suas origens, Mário revelou as ambiguidades das múltiplas tradições do Brasil. Ele nos trouxe uma crônica de nossa cultura material, musical, das variações linguísticas e da culinária, e, sobretudo, das relações individuais e coletivas dos habitantes das regiões que percorreu, o que impulsionou seu colecionismo.”

Para a curadora, Mário de Andrade viveu no próprio momento da conquista da nossa nacionalidade: “O esforço de Mário em registrar esse momento é o resultado de sua visão crítica sobre aspectos pouco conhecidos da realidade brasileira, os quais formam a essência e memória histórica do país e ainda não foram devidamente exporados”

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS