O Mounjaro, medicamento desenvolvido para o tratamento do diabetes tipo 2, chega ao Brasil no dia 7 de junho. Produzido pela farmacêutica Eli Lilly, o medicamento contém a Tizerpartida, um análogo do hormônio GLP-1 que auxilia no controle da glicemia e no emagrecimento, foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Até o momento, os brasileiros tinham acesso ao Mounjaro somente via importação.
A medicação tem ganhado destaque global por sua eficácia no tratamento da obesidade. Isso ocorre porque ele simula a ação dos hormônios GLP-1 e GIP, ambos associados à saciedade pela redução da velocidade da ingestão de comida. De acordo com um estudo publicado na revista JAMA Internal Medicine em 2024, a Tizerpatida é mais eficiente para o emagrecimento do que a semaglutida, ativo presente no Ozempic.
A aplicação do Mounjaro é injetável, semanal e com doses progressivas, o que torna a prescrição médica indispensável. Para o Dr. Marcelo Bechara, médico clínico geral especializado em Ciência da Obesidade, Hormonologia e Saúde, ter o Mounjaro disponível no Brasil é promissor, mas o seu uso, assim como qualquer medicação, requer o acompanhamento de um profissional.
“O Mounjaro é atualmente um dos tratamentos mais eficientes e tecnológicos que existem no mercado para o tratamento da obesidade. A medicação age na saciedade dos pacientes, o que, consequentemente, diminui a compulsão alimentar. Nos Estados Unidos, por exemplo, o seu uso é autorizado para a perda de peso. Porém, a automedicação pode oferecer riscos para a saúde, assim como qualquer outro remédio, explica Bechara.
O especialista afirma que o medicamento auxilia na perda de peso, mas deve estar aliado a outros hábitos. “Além do uso do Mounjaro, é importante evidenciar que a prática de atividades físicas e uma alimentação balanceada são indispensáveis para evitar o efeito sanfona e obter resultados satisfatórios e duradouros”, conclui.