Nadadores de universidade de Santos dominam natação e abrem calendário de competições em Paris 2024

Divulgação

No primeiro dia de disputas dos Jogos Olímpicos de Paris, os nadadores da Unisanta dominam as piscinas e caem na água em busca das primeiras medalhas brasileiras. Formando a base da Seleção Brasileira, os oito cecilianos disputam as provas entre os dias 27 de julho até 9 de agosto, entre natação e maratona aquática.

Pela primeira vez na história, a Unisanta é a base da Seleção Brasileira de Esportes Aquáticos, com oito convocados.

Os atletas são Beatriz Dizotti, Gabriele Roncatto, Guilherme Cachorrão, Guilherme Basseto, Maria Fernanda Costa, Maria Paula Heitmann e Stephanie Balduccini na natação. Atual campeã, Ana Marcela Cunha busca o bi na maratona aquática.

Gabi Roncatto

Pela terceira vez na carreira, a nadadora irá participar dos Jogos Olímpicos. Ela já esteve presente nas edições de Rio-2016 e Tóquio-2020, mas dessa vez, pretende chegar à uma final olímpica.

Sua classificação veio durante a disputa do Troféu Brasil – competição utilizada como Seletiva Olímpica –, em maio desse ano no Rio de Janeiro. A performance da atleta na competição nacional lhe rendeu vaga na disputa dos 400m livre e na equipe de revezamento 4x200m livre feminino.

Em Paris, a ceciliana deseja um resultado diferente das outras edições da maior competição esportiva do mundo. “É a minha terceira Olimpíada. Estou muito feliz, mas dessa vez quero mais do que só participar. Quero disputar uma final e dar o meu melhor”, relatou.

Guilherme Cachorrão

Prestes a disputar sua segunda Olímpiadas, o nadador Guilherme Cachorrão está vivendo um sonho, principalmente, porque acredita ter mais chances de conquistas do que em Tóquio-2021. Mas o seu passaporte carimbado para Paris não é sinônimo de animação apenas para ele. Segundo o nadador, o feito pode inspirar os jovens brasileiros.

“Como sou atleta da Unisanta, que é uma equipe importante na região, acho que vai motivar muitos atletas que estão nas categorias de base ou que treinam em outros lugares de Santos. Eles vão conseguir ver a gente como um espelho, se inspirar e ficarem motivados para treinar muito mais e chegar aonde a gente chegou”, explicou.

O finalista olímpico, que irá disputar quatro provas na piscina (200m, 400m, 800m e 4x200m livre) e a maratona aquática (10km) pela primeira vez, externa o que a torcida brasileira pode esperar do seu desempenho na maior competição esportiva do mundo.

“Vou nadar muitas provas, então acho que vou aparecer em vários dias na água. Podem esperar resultados muito bons e muita entrega como sempre”, concluiu.

Guilherme Basseto

O ditado popular “quando a vida te der limões, faça uma limonada” é utilizado como uma filosofia para superar as adversidades em nossa vida. Esse é o caso do nadador Guilherme Basseto, que graças a um tratamento médico irá disputar sua segunda Olímpiadas na carreira.

Quando era criança, o nadador tinha bronquite – inflamação dos brônquios, que são responsáveis por transportar o oxigênio para os pulmões –, e por indicação médica, iniciou sua trajetória na natação, pois a pressão da água no tórax durante a respiração é benéfica para quem sofre da doença, aumentando a resistência do organismo.

Com a passagem do tempo, o ceciliano abraçou a modalidade e descobriu que podia levá-la como profissão, além do tratamento médico.

“No início eu não gostava da natação, mas conforme fui ficando mais velho e obtendo vitórias em campeonatos regionais e estaduais, percebi que tinha jeito para a coisa”, contou.

As conquistas do nadador ao longo dos anos renderam para ele a sua contratação para a equipe de Natação Unisanta em 2022. Agora, pelas cores cecilianas, ele irá dar continuidade ao seu sonho: os Jogos Olímpicos.

“É muito importante para a carreira de um atleta se classificar para as Olímpiadas. Isso o coloca em outro patamar e poder representar o Brasil e a Baixada Santista na minha segunda participação tem um gostinho especial”, concluiu.

A classificação do atual campeão dos 100m costas para sua segunda Olímpiadas veio durante a disputa do Troféu Brasil – competição utilizada como Seletiva Olímpica –, em maio deste ano no Rio de Janeiro.

Mafe Costa

A nadadora Mafe Costa irá participar da sua primeira Olímpiadas. Desde 2023 presente na equipe ceciliana, a atleta de 21 anos está em reta final de preparação para a maior competição esportiva no mundo, e entende que é nesse momento que as emoções dos atletas afloram.

Mas juntamente com a ansiedade para o torneio, vêm o sentimento de confiança da torcida brasileira nos nadadores olímpicos. Para Mafe, sua classificação nos Jogos Olímpicos é uma demonstração do quanto as pessoas devem apoiar o esporte, assim como seus pais fizeram em sua infância.

“Estamos conquistando nosso espaço e mostrando que temos compromisso. Somos um time forte, e cada vez mais sendo valorizados. Oito atletas convocados para os Jogos Olímpicos representando Santos só mostra o quanto podem apoiar o esporte. Que as pessoas possam investir e se enxergar no cenário futuramente e que o sonho de muitos atletas mirins possa ser realizado como o meu está prestes a se realizar”, analisou.

A ceciliana, que fará sua estreia na maior competição esportiva do mundo em cinco provas diferentes, manda um recado do que a torcida brasileira pode esperar dela. “O meu 100%. Vou depositar meu máximo na piscina parisiense”, concluiu a nadadora que vai disputar as provas dos 200m, 400m, 800m, 4x100m livre e 4x200m livre.

Stephanie Balduccini

A caçula da seleção brasileira de natação e nadadora Stephanie Balduccini, de apenas 19 anos, pode ter pouca idade, mas já acumula experiência. Essa será sua segunda participação em Jogos Olímpicos, já que em 2021, foi a nadadora mais nova da seleção brasileira de natação, com apenas 16 anos.

Natural de São Paulo, a ceciliana já praticou alguns esportes antes de se encontrar nas águas. Inclusive, ela pensou em deixar a natação de lado pelas raquetes do tênis, mas desistiu da ideia. Curiosamente, a nadadora decidiu levar o esporte a sério apenas após sua classificação na maior competição do mundo.

“Comecei a levar o esporte como profissão depois que me classifiquei para Tóquio. Fiquei chocada com o meu resultado e decidi levar ele como esporte profissional”, explicou a sétima nadadora mais jovem a representar o Brasil em Olímpiadas.

Mesmo com o pouco tempo de carreira, ela já entende o peso da sua classificação para o esporte e outros atletas da mesma faixa etária.

“Eu acho muito importante, especialmente por conta da minha idade. Por ser a caçula mais uma vez na Seleção e mostrar que não tem idade para classificar para os Jogos Olímpicos. Não é isso que vai definir se você pode ser olímpico ou não. Acho importante para todo mundo, especialmente para a Baixada Santista”, completou.

Maria Paula Heitmann 

Os sonhos podem demorar um certo tempo para se concretizarem, mas como no caso de Maria Paula Heitmann, eles se realizam. A nadadora da Unisanta está na última fase de preparação para disputar, pela primeira vez na carreira, os Jogos Olímpicos.

Nascida em Minas Gerais, a nadadora iniciou sua trajetória no esporte aquático devido a necessidade de aprender a nadar, por indicação dos pais. Após seu desempenho em competições ao longo dos anos, a mineira chegou a Seletiva Olímpica da natação para Rio-2016, aos 17 anos.

Ao quase se classificar para as Olímpiadas daquele ano, ela percebeu que a natação era sua profissão. Anos se passaram e, em 2022, Maria Paula foi contratada para fazer parte da equipe de Natação Unisanta.

Sua classificação para Paris veio durante a disputa do Troféu Brasil – competição utilizada como Seletiva Olímpica –, em maio desse ano no Rio de Janeiro. Após o quarto lugar na prova dos 200m livre, a ceciliana garantiu sua vaga na maior competição esportiva do mundo pela equipe de revezamento 4x200m livre feminino.

Segundo ela, a classificação é um sonho realizado. “Participar de uma Olimpíada é o maior sonho de todo atleta. Então, estou muito feliz de ter conseguido chegar até aqui e com certeza isso me deixa motivada para melhorar cada vez mais”, comemorou.

Ana Marcela Cunha

A campeã olímpica e maratonista aquática da Unisanta Ana Marcela Cunha foi a primeira selecionada para Paris-2024. Em fevereiro, a veterana alcançou o quinto lugar na prova dos 10km de maratona aquática no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, em Doha, para conquistar sua quarta participação em Olímpiadas.

Sua primeira aparição no torneio veio aos 16 anos em Pequim-2008, quando ela já integrava a equipe de Natação Unisanta. Ela voltaria a participar da maior competição esportiva do mundo em Rio-2016 e Tóquio-2020, onde sagrou-se campeã olímpica pela primeira vez.

Agora, a ceciliana – que detém o título de Rainha do Mar 2024 –, busca sua segunda medalha de ouro na prova dos 10km de maratona aquática, que promete ser disputada no Rio Sena, em Paris.

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