Por meio de um trabalho progressivo, as forças de segurança do estado de São Paulo retomaram as áreas onde o crime organizado se estabeleceu na Baixada Santista. O foco, segundo o coronel Rogério Nery Machado, novo comandante do Comando de Policiamento do Interior 6 (CPI) de Santos, é reduzir a criminalidade e, consequentemente, aumentar a sensação de segurança da população.
“Não permitiremos mais que o crime organizado continue estabelecido aqui. Todas as nossas estratégias e ações são para tomar essas áreas de volta e estabelecer, de uma vez por todas, a segurança dos cidadãos, tanto dos que vivem aqui, quanto dos turistas”, pontuou o policial durante o evento de passagem de comando, realizado nesta quarta-feira (28).
Nery, que tem mestrado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública e já serviu em batalhões de choque, assumiu o comando em 21 março. Ele conta que é motivo de orgulho servir na região onde seu pai foi tenente em 1966. “Meu pai foi a pessoa mais dedicada à Polícia Militar que conheci na vida, então para mim é uma satisfação estar aqui”, revelou.
Durante a cerimônia, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou que “ser policial é um desafio, que fica ainda maior quando se atua em um local como Santos”. Ele destacou, porém, que por meio dos trabalhos policiais, houve uma queda histórica nos homicídios dolosos na cidade, além de ter tido o menor índice de roubos em geral nos últimos 24 anos.
“É desafiador, mas também é um prazer enorme quando a gente vê que o nosso sacrifício está tendo resultado. Esses índices criminais só estão caindo graças a vocês”, afirmou o secretário ao agradecer o trabalho dos policiais que atuam nas imediações.
A região é a única que possui uma companhia de policiamento marítimo com embarcações blindadas. Atualmente, o CPI 6 possui 4,7 mil policiais militares, sendo que, desde o início do atual governo, pelo menos 620 policiais foram deslocados para reforçar a segurança e combater o crime organizado.
Ainda conforme o secretário, está prevista a instalação de uma companhia das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam), bem como a chegada de mais 300 policiais civis para fortalecer as investigações em Santos.