O surto de virose que atingiu todo o litoral de São Paulo nos últimos dias, resultou em unidades de saúde lotadas, turistas indo embora mais cedo, outros cancelando viagem, e moradores também afetados com sintomas como náusea, vômito e diarreia. A proporção dos casos resultou na intervenção da Secretaria de Saúde do estado, que colheu amostras humanas e de água para a análise. O resultado testou positivo para “norovírus”.
A confirmação foi divulgada nesta quinta-feira (9), por meio do Instituto Adolfo Lutz (IAL), que ficou responsável pela análise. De acordo com a pasta, as noroviroses representam um grupo de doenças de origem viral, conhecidas como gastrenterites, e normalmente são transmitidas via fecal-oral. Ou seja, trata-se de uma doença considerada clinicamente autolimitada com duração de, em média, três dias.
Além dos sintomas como náusea, vômito, diarreia, dor abdominal podem ocorrer também dores musculares, cansaço, dor de cabeça e febre baixa. O principal tratamento é a hidratação.
Para casos mais graves, ainda segundo a pasta, é preciso realizar a hidratação endovenosa. A hospitalização, porém, é considerada “muito rara”. Crianças e idosos precisam de atenção especial.
Internação e morte
Apesar de complicações não serem comuns, há relatos de pelo menos duas vítimas, que teriam tido problemas de saúde desencadeados devido a virose. Ambas passaram o final de ano na cidade de Guarujá, uma das mais afetadas pelos casos.
Amanda Caroline Resende de Oliveira, de 29 anos, morreu após dar entrada em uma unidade de saúde com sintomas de virose, no interior do estado de São Paulo. Ela havia recém chegado de sua viagem à Baixada Santista. A causa da morte ainda é investigada, não tendo a confirmação oficial de que o motivo foi a doença em questão.
Caroline Costa Rolin, de 20 anos, está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular na cidade de Guarujá, litoral paulista, após apresentar sintomas de virose durante viagem de fim de ano com família e amigos. Segundo informações, a jovem, moradora de Taquarituba (SP), faz tratamento para diabetes, o que pode deixar a saúde mais vulnerável a infecções.