Óleo de cannabis na medicina veterinária – Por Eduardo Filetti

Eduardo Filetti
Eduardo Filetti
Eduardo Ribeiro Filetti é médico veterinário e professor universitário, pós graduado em Clínica Veterinária de pequenos animais, além de mestre em Saúde Pública, É membro da Academia de Letras de Santos e especialista em Saúde Pública.
Créditos: Divulgação

Nos seres humanos a utilização do cannabis são nos casos de Epilepsia, onde muitos pacientes tem mostrado bons resultados, até então medicamentos entrando no Brasil de forma irregular pois ainda não estava aprovado.

Na medicina veterinária os laboratórios envolvidos mostram benefícios no uso da Cistite Idiopática Felina, doença urinária grave, que muitas vezes bloqueia a saída da urina para o meio externo, causando muita dor e podendo intoxicar o felino pela retenção urinária.

O uso deste medicamento pode relaxar os músculos do sistema urinário na tentativa de desobstruir o gato. Existem estudos da utilização do medicamento para felinos ariscos pois podem agir no sistema nervoso central e deixar os gatos mais tranquilos. Segundo relatos gatos ficam mais alegres e carinhosos com pessoas da casa.

Sabemos que muitos felinos que não tiveram contato com seres humanos nos primeiros 60 dias de vida vão ter muita dificuldade de domestificação. Alguns cães agressivos foram testados e após tratamento mostraram mais tranqüilidade.

Existem casos que esta droga foi utilizada em cães senis com síndrome de disfunção cognitiva, doença que atinge o sistema nervoso central, onde o pet fica andando em círculos, uivando muito, urinando em locais estranhos, procurando esconderijos pela casa e tem insônia. Com a medicação a maioria
dos cães teve sono perfeito, sem alterações negativas e boa disposição durante o dia.

Na ortopedia, casos de osteartroses e osteorartrites, tão comuns no mundo moderno, com sua utilização houve uma diminuição das dores e da ansiedade possibilitando melhor dinâmica nos passeios. Mais a grande expectativa deste produto que recentemente foi aprovado no Estado de São Paulo, para terapias em animais é sua utilização nos casos de Epilepsia Idiopática onde puderam notar a diminuição de crises e convulsões.

Tem relatos que o cão iria convulsionar e ao receber uma dose extra na gengiva, teve rápida recuperação , os espasmos pararam quase instantaneamente e não convulsionou. Os excelentes resultados nos estudos neurológicos em humanos e animais são muito importantes e mantém grupo de pesquisadores no mundo muito animados.

Acredito nos novos tratamentos e seus avanços pois temos que progredir nas terapias modernas para melhor qualidade de vida. Ainda é cedo para avaliarmos todos os benefícios desta droga e seus
possíveis efeitos colaterais mais com muita dedicação e estudo tenho certeza que vamos evoluir.

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