No último dia 16, a Operação Munditia foi deflagrada, e resultou em 42 mandados de busca e apreensão e outros 15 de prisão temporária. A investigação vem sendo feita em diversas cidades do Estado de São Paulo, como Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, e outras.
O grupo é investigado por supostamente fraudar licitações no processo de contratação de empresas terceirizadas em diversas prefeituras e câmaras municipais de São Paulo. O vereador de Cubatão e ex-presidente da Câmara, Ricardo de Oliveira, conhecido como Ricardo Queixão (PSD); Fabiana de Abreu Silva, servidora pública; e o advogado Aureo Tupinamba, foram presos no mesmo dia.
Nesta quinta-feira (25), porém, a juíza Priscila Devechi Ferraz Maia, da 5ª Vara Criminal do Foro de Guarulhos, concedeu a liberdade à Aureo. Apesar disso, medidas cautelares foram aplicadas, como não se comunicar com os investigados e não comparecer à Câmara Municipal de Cubatão.
Tupinambá é conhecido por ter atuado na defesa do ‘André do Rap’, um dos chefes do PCC, condenado a 25 anos de prisão por tráfico internacional de drogas, que teve sua soltura concedida pelo STF pelo ministro Marco Aurélio Mello, e revogada pelo ministro Luiz Fux. Atualmente encontra-se foragido.
Relembre a Operação
A operação nomeada ‘Muditia’ foi iniciada pelo Ministério Público de São Paulo, com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Polícia Militar.
Nos locais onde foram cumpridos os mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva, foram apreendidas quatro armas, de calibres 380, .40, 38 e 9 milímetros, mais de 200 munições, 22 celulares e notebooks. Os agentes também encontraram dinheiro: R$ 3,5 milhões em cheques, R$ 600 mil em espécie e quase US$ 9 mil.
Os materiais apreendidos nos locais foram levados à sede do MP na capital. De acordo com informações, os contratos supostamente fraudados do grupo somam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos.