Praias de cidades da Baixada Santista estão impróprias

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De acordo com um estudo realizado pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), quatro praias da Baixada Santista estão consideras impróprias para banho nesta semana, são elas: Santos, São Vicente, Praia Grande e Mongaguá. A única cidade que está com todas as praias consideradas próprias é Bertioga.

A classificação das praias é feita de acordo com as densidades de bactérias fecais resultantes de análises feitas em cinco semanas consecutivas. Pelo critério adotado pela CETESB para águas marinhas: os enterococos (bactérias que habitam o trato gastrointestinal), densidades superiores a 100 UFC/100 mL , em duas ou mais amostras de um conjunto de cinco semanas, ou valores superiores a  400 UFC/100 mL na última amostragem, caracterizam a impropriedade da praia para recreação de contato primário. 

Mesmo apresentando baixas densidades de bactérias fecais, uma praia pode ser classificada na categoria Imprópria quando ocorrerem circunstâncias que desaconselhem a recreação de contato primário, tais como; a presença de óleo provocada por derramamento acidental de petróleo; ocorrência de maré vermelha; floração de algas potencialmente tóxicas ou surtos de doenças de veiculação hídrica.

A CETESB informa que a impropriedade significa que existe o risco de se contrair doenças como gastroenterite, hepatite A, cólera, febre tifóide, entre outras. Nesse sentido recomenda-se que se evite:

  • Banhar-se em água do mar consideradas impróprias
  • Tomar banho de mar após chuvas muito intensas
  • Banhar-se em canais córregos ou rios que deságuam no mar
  • Engolir água do mar

Santos

A Prefeitura de Santos se manifestou sobre essa classificação, e informou que o principal fator que determina os níveis de balneabilidade é a rede coletora de esgoto, de responsabilidade da Sabesp, com a qual a Semam (Secretaria de Meio Ambiente) desenvolve várias ações conjuntas, visando apoiar a concessionária do serviço.

“A cidade possui 99% de ligação de esgoto e todo o sistema é interligado ao emissário submarino, que despeja o material, após tratamento, a 4,5 km do litoral. No entanto, a Semam entende que há uma relação direta entre a balneabilidade e o volume de tratamento de efluentes lançados por todos os emissários submarinos existentes nos demais municípios da Baixada Santista. No caso de Santos, há ainda questões geográficas a serem consideradas, notadamente o fato de praias estarem inseridas em uma baía, com conexão direta com o canal do porto e municípios vizinhos, dos quais sofrem influência direta, principalmente no que se refere às ligações irregulares e/ou clandestinas nestas cidades.”

A administração municipal ainda informou que ações voltadas ao saneamento básico, são também uma prerrogativa da Sabesp, por meio de contrato com o Município.

São Vicente

A Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), informou que analisa dados apresentados e, a partir disso, elabora estratégias eficazes para combater os problemas de poluição no mar.

“A Semam destaca que a região é estuarina, toda interligada por braços de rio e canais, apresentando considerável concentração de habitações subnormais, indústrias e atividades portuárias, o que dificulta a identificação das fontes de poluição. Ainda vale destacar que a Sabesp implementa programas destinados a ampliar as conexões de esgoto no município, enquanto as obras nos canais de drenagem desempenham papel crucial na identificação de fontes poluidoras e contribuem para a redução de poluentes descartados de maneira irregular”.

Mongaguá

A administração municipal de Mongaguá se manifestou dizendo que atua em uma série de projetos para assegurar a qualidade das águas no município, como tratativas constantes nas ações de fornecimento, e que estuda as medidas que podem ser tomadas para garantir o bom estado das praias.

“O serviço de saneamento básico e os problemas relacionados a esgoto são de competência da Sabesp. Os canais que deságuam nas praias foram projetados para a drenagem de águas pluviais.”

A Equipe do TH+ também entrou em contato com a cidade de Praia Grande, mas até a publicação desta reportagem, não houve retorno.

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