Com a transmissão ao vivo das imagens para o Centro de Controle Operacional (CCO), a Prefeitura de Santos aprimorou o monitoramento de focos de dengue e agora conta com a ajuda de drones.
O objetivo é visualizar com precisão os locais de difícil acesso, ou ainda onde os agentes foram recusados a adentrar (calhas altas, terrenos, imóveis desocupados, entre outros).
As imagens oferecem visualização próxima e precisa. Na última semana, foi realizado um teste em um terreno no bairro Campo Grande e foi verificada grande quantidade de mosquitos, poças de água e materiais inservíveis que foram lançados no local. O proprietário já foi orientado a realizar as adequações necessárias para evitar a proliferação do Aedes aegypti.
“Teremos agentes de combate a endemias no CCO acompanhando em tempo real e orientando o piloto do drone em relação às imagens que devem ser captadas mais detalhadamente para melhor análise e tomar as medidas necessárias mais rapidamente. O drone também grava as imagens, que são importantes para subsidiar a nossa equipe a sensibilizar o proprietário do local em relação às ações para evitar criadouros”, explica Ana Paula Valeiras, chefe do Departamento de Vigilância em Saúde.
Os drones utilizados foram adquiridos pela Secretaria de Governo no último mês de novembro e colocados à disposição da Saúde para incrementar as ações de monitoramento. Além de imagens captadas em 4k e geradas ao vivo para o CCO, os equipamentos têm capacidade de armazenamento de 64 GB e 45 min de tempo de bateria.
Ao contrário de vários municípios do Estado de São Paulo, Santos não decretou estado de emergência para a dengue. Com 712 casos de dengue e 26 casos de chikungunya, não atingiu o mínimo que seria necessário: 300 casos a cada 100 mil habitantes ou 1.260 confirmações da doença em 2024.
Esse resultado é fruto de ações ininterruptas que o município realiza nos eixos de combate ao vetor, vigilância, assistência, educação e comunicação. Desde a década passada, as arboviroses (doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti) deixaram de ser típicas do verão e circulam o ano inteiro, por isso são combatidas sem descanso.
“Santos aperfeiçoou o combate às doenças e nossos índices baixos, em comparação a outras cidades neste momento, são reflexo das ações que tomamos ao longo de todo o ano. Os drones são mais uma importante ferramenta para combater as larvas e o mosquito, já que a tecnologia é uma aliada para a verificação de pontos sujeitos à proliferação e para assegurar o bem-estar das pessoas”, explica o prefeito Rogério Santos.