O projeto Ciclo de Cultura Tradicional tem como objetivo ensinar cinema aos participantes, que produzirão seus curta-metragens autorais durante os encontros. Nesta sexta-feira (22), moradores da Aldeia de Paranapuã receberão as oficinas de forma inédita.
A atividade tem como foco ensinar técnicas de audiovisual, estimular o desenvolvimento de uma linguagem própria e compartilhar ferramentas de edição de vídeo. Os ensinos aplicados resultarão em um documentário de curta-metragem. O intuito é que os participantes realizem filmes de maneira autônoma, assumindo o protagonismo de suas narrativas caiçaras, indígenas e quilombolas.
A Aldeia Paranapuã fica localizada na Avenida Saturnino de Brito, nº 1927, no Parque Prainha, em São Vicente. O projeto é ofertado pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciado pela Poiesis, em parceria com a Prefeitura Municipal de São Vicente, através da Secretaria de Cultura (Secult).
A atividade na cidade será ministrada pelo cineasta da etnia Guarani Nhandewa, mestre em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Alberto Alvares, com coordenação pedagógica do projeto Vídeo nas Aldeias. Alvares atua como professor e tradutor de Guarani, ministrando cursos de formação de cineastas indígenas. Até hoje, produziu mais de 20 documentários, entre eles “Kara’i Ha’egui Kunha Karai ‘Ete – Os verdadeiros líderes espirituais” (2014), “O último sonho” (2019) e “Guardiões da memória”, exibido na 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, em 2020. Por seus filmes, já ganhou prêmios como o Forumdoc.bh e o Doclisboa.
A oficina é restrita aos moradores da Aldeia de Paranapuã, e a estreia dos curta-metragens criados durante as oficinas será no dia 30 de abril, no canal do YouTube das Oficinas Culturais, em sessões comentadas pelos profissionais envolvidos na coordenação do projeto e das oficinas.