Fim da 3ª fase da Operação Verão: Apreensão de mais de 2 toneladas de drogas, prisão de mais de mil criminosos, 119 armas de fogo ilegais apreendidas e 56 suspeitos mortos

O secretário de segurança pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, comunicou o fim da Operação Verão em toda a Baixada Santista, na noite desta segunda-feira (1), após 4 meses de atuação. As cidades, porém, estarão ainda com um reforço de 341 PMs que passaram a atuar na região.

Em dezembro, como de costume para o verão e fim de ano, houve intensificação do policiamento na região, que contou com unidades das forças de segurança de São Paulo, para combater o crime organizado por meio da asfixia financeira do tráfico de drogas.

Durante o período em que esteve ativa, 1.025 infratores foram presos, sendo quase a metade (438) procurada pela Justiça, além de 47 menores apreendidos. As Polícias Civil e Militar retiraram das ruas 2,6 toneladas de drogas e apreenderam 119 armas de fogo ilegais.

No primeiro bimestre do ano, devido esses trabalhos, houve uma redução de roubos em 25,8% em Santos, São Vicente e Guarujá, quando comparado às taxas de 2023. Fevereiro de 2024 foi o mês com a menor taxa de roubos da série histórica, iniciada em 2001. 

As ações da Operação Verão vão dar espaço para a ampliação no efetivo policial promovida pelo Governo do Estado. No final de fevereiro, 341 PMs, entre soldados, cabos e sargentos, passaram a atuar na principais cidades da Baixada. Além disso, há previsão no aumento de policiais civis com a formação de novos agentes neste ano.

A gestão paulista já havia anunciado uma série de investimentos para fortalecer a segurança na Baixada. Há previsão de aplicar R$ 70 milhões para reformar e concluir obras de unidades policiais e aquisição de equipamentos, como viaturas, barcos blindados e novas armas. 

Crédito: Guilherme Derrite / Instagram

Relembre os principais acontecimentos da Operação Verão

No dia 2 de fevereiro, o soldado Cosmo foi baleado no rosto enquanto averiguava uma denúncia de tráfico de drogas no bairro Bom Retiro, em Santos. Sua morte, resultou em uma busca incessante por Kaique Coutinho do Nascimento, de 21 anos, apelidado como “Chip”. A SSP ofereceu R$ 50 mil por informações sobre o assassino, que posteriormente foi capturado em Uberlândia (MG), no dia 14 do mesmo mês.

Outro policial foi morto na semana seguinte de Cosmo, desta vez no bairro Jardim São Manoel, em Santos. O PM José Silveira dos Santos, que recebeu um cortejo especial em homenagem.

A guerra entre o crime organizado e policiais militares se intensificou após esses acontecimentos, e mesmo com pesar da morte dos agentes, suspeitos de facções criminosas foram mortos e presos durante as ações. Resultando em um saldo positivo.

Peças-chaves foram presas, como Karen de Moura Tanaka Mori, conhecida como Japa, suspeita de comandar a lavagem de dinheiro de uma facção criminosa em Santos, Cubatão e Guarujá, além da capital. Os policiais também prenderam Caio Vinicius, apelidado de “Nego Boy”, acusado de liderar o tráfico de drogas em uma das comunidades de Santos.

Ainda dentro da operação, a polícia identificou a atuação de Rodrigo Pires dos Santos, conhecido como “Danone”, outra liderança de alto escalão de uma facção. Na ação, em 16 de fevereiro, o suspeito trocou tiros com policiais e foi morto.

Ao todo, 56 criminosos entraram em confronto com as forças policiais e morreram. A última morte aconteceu no dia 29 de março, em Guarujá, litoral paulista, após confronto entre policiais e bandidos do bairro Santa Rosa.

Na mesma semana, blindados da marinha foram enviados à outra comunidade da cidade. Moradores da Prainha ficaram surpresos com a presença dos fuzileiros. A ação se deu para coibir o tráfico de drogas. Uma apreensão histórica de cocaína na mesma cidade também foi motivo para tal feito, com intervenção do Estado.

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