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Sargento da PM que matou mulher com 51 facadas e 3 tiros em Santos é recebido com protestos em reconstituição do crime;VÍDEO

Foto: TH+ Band e Reprodução

O sargento da Polícia Militar, Samir do Nascimento Rodrigues de Carvalho, que matou a própria mulher com três tiros e 51 facadas, dentro de uma clínica médica, na cidade de Santos, litoral paulista, foi recebido com muitos protestos no local da reconstituição do crime, na manhã desta quinta-feira (22). Ele teria alegado durante o procedimento que não se lembrava de nada.

O crime em questão aconteceu no dia 7 de maio, na Avenida Senador Pinheiro Machado, no bairro Marapé. Segundo registros da Polícia Civil, o homem compareceu ao local assim que soube da presença da mulher e da filha. Inicialmente, o casal teria discutido verbalmente, e o médico teria os separado, pedindo para que o PM se retirasse do estabelecimento. No entanto, posteriormente, o sargento conseguiu entrar no local e cometer o feminicídio com a presença de agentes da Polícia Militar. Foi instaurado um inquérito policial para apurar rigorosamente a conduta dos agentes acionados para atender a ocorrência, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública).

Samir foi recebido com gritos e cartazes em protesto ao feminicídio. Em um vídeo obtido pelo Portal TH+, é possível ouvir a população o chamando de ‘assassino’, enquanto o mesmo aguardava no banco de trás de uma viatura da PM.

Vídeo: Paulo Barrio (TH+)

A reconstituição teve início por volta de 10h. Segundo o advogado da família, Dr Claudino Vicente dos Santos, em entrevista para a TH+ Band, diante dos relatos durante o procedimento, não restam dúvidas de que os agentes presentes na data dos fatos estavam a um passo ou dois da cena do crime. “Houve vários tiros, várias facadas, e nada foi feito”, comenta.

A Polícia Civil realizou o procedimento, inicialmente, apenas com a assistente e o médico da clínica onde a vítima foi morta, enquanto o autor aguardava do lado de fora do local, “para a preservação da verdade”, explicou o advogado.

De acordo com o advogado, na vez de Samir participar da reconstituição, o mesmo alegou não se lembrar de nada. A perícia finalizou seus trabalhos por volta de 15h30.

Assista abaixo:

Reprodução – TH+ Band

Laudo do IML

O laudo do IML (Instituto Médico Legal) concluiu que o sargento da Polícia Militar, Samir do Nascimento Rodrigues de Carvalho, matou a própria mulher com 51 facadas e três tiros.

A maioria das facadas proferidas em Amanda Fernandes Carvalho, atingiram o lado direito de seu corpo, desde a coxa até a face, aponta o laudo necroscópico. Outra questão levantada é que os tiros teriam sido disparados à distância.

O médico legista concluiu que a vítima sofreu “morte violenta, decorrente de anemia aguda por hemorragia interna traumática, em consequência dos ferimentos”.

Desde que foi detido, o sargento se encontra inativo temporariamente, sem direito a salário, além do tempo de serviço não ser contabilizado. A filha do casal, que foi atingida por disparos feitos por Samir na data dos fatos, ficou internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas na última terça-feira (13) recebeu alta hospitalar.

O crime

A mulher e a criança ficaram trancadas com o médico dentro de uma sala, enquanto a Polícia Militar era acionada. Com a chegada da equipe, o homem, que estava na rua, teria mostrado que não estava armado e entrou novamente com os agentes no estabelecimento.

Quando o médico abriu a porta da sala onde a mulher e a criança estavam, o policial – que estava de folga -, teria pego a arma de fogo novamente que teria ficado escondida em outra sala, e por trás da equipe da PM, disparou contra as vítimas. Na sequência, o homem ainda teria esfaqueado a companheira.

Conduta de agentes é investigada pela SSP

A SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que foi instaurado um inquérito policial para apurar rigorosamente a conduta dos agentes acionados para atender a ocorrência.

De acordo com a pasta, “na ocasião, os policiais foram acionados via Copom para atender uma ocorrência de desinteligência no local. Quando chegaram as vítimas estavam trancadas em um consultório e o autor, um policial militar de folga, do lado de fora. De acordo com as informações prestadas no boletim de ocorrência, após o policial mostrar que não estava armado, a porta foi aberta. O autor entrou e atirou na mulher e na filha, sendo preso na sequência e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes.”.

Há, no entanto, a informação de que o homem teria pego a arma de fogo novamente que teria ficado escondida em outra sala, e por trás da equipe, disparou contra as vítimas. Na sequência, o homem ainda teria esfaqueado a companheira. Este detalhe, não foi confirmado pela pasta.

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