Seca nos rios da região Norte pode impactar transporte marítimo e o Porto de Santos; advogada marítima comenta

Divulgação Porto de Santos

Os rios Madeira, localizado no Amazonas e Rondônia, e Purus, no Amazonas e no Acre, além de seus afluentes, estão em uma situação crítica de escassez de recursos hídricos, conforme declarou a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) na última segunda-feira (29). E, além das populações do entorno, a estiagem pode também impactar o Porto de Santos – mesmo que este esteja localizado quase no outro extremo do território brasileiro.

O fato gera preocupação em algumas empresas portuárias de Santos que temem atrasos e acúmulo de cargas nos portos e redirecionamento de rotas, o que pode gerar congestionamentos.

Esse é um dos pontos levantados pela advogada marítima Cristina Wadner, do escritório Cristina Wadner Advogados Associados.

“Esta estiagem pode causar um grande impacto logístico, não apenas na distribuição de produtos, como também na rota, que deve sofrer mudanças, e até mesmo na entrega de contêineres. Nesses casos, é necessário utilizar outro tipo de modal para fazer as entregas. Isso aumenta o custo, o gargalo e o congestionamento do porto”, explica a especialista.

A advogada aponta ainda que, caso o transporte seja mantido no modal aquaviário, a depender da rota utilizada, o tempo de permanência com contêineres pode se elevar, o que deve aumentar o custo e, portanto, impactar, também, o consumidor final. Mas há ainda outra vítima desta cadeia de acontecimentos. A vítima inicial: o meio ambiente.

“Essa sequência de problemas logísticos no transporte hidroviário acaba impactando não apenas o bolso do consumidor, como, também, o meio ambiente. Com as mudanças de rota, o que prolonga as viagens, há um aumento na emissão de gases, pois será utilizado mais combustível”, relata Wadner.

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