Sistema ‘Free Flow’ terá 10 pontos com cobrança automática nas estradas da Baixada Santista; Entenda como funciona

Foto: Pórtico de São Paulo. / Artesp

O sistema ‘Free Flow’ consiste na leitura das placas de veículos ou chips instalados, que permite gerar a cobrança ou o pagamento automático das tarifas de pedágio instalados nas rodovias que fazem parte do ‘Lote Litoral Paulista’, que envolvem os municípios de Arujá, Bertioga, Itanhaém, Itaquaquecetuba, Itariri, Miracatu, Mogi das Cruzes, Mongaguá, Pedro de Toledo, Peruíbe, Praia Grande e Santos.

Com essa implantação, os tradicionais pedágios serão substituídos, e essa nova estrutura terá 10 pontos na Baixada Santista. Os valores das tarifas variam entre R$ 1 e R$ 6. Os equipamentos deste sistema possuem câmeras e sensores capazes de identificar o veículo.

O pagamento da tarifa deverá ser feito em um portal disponibilizado pela concessionária. Para os motoristas que optarem pelo pagamento automático, terão desconto de 5%. Também haverá um benefício chamado Desconto de Usuário Frequente (DUF), mas detalhes não foram ainda divulgados.

O ‘Free Flow’ tem dividido opiniões, pois, o número de estruturas que serão instaladas é maior do que as praças de pedágio convencionais que funcionam atualmente no trajeto. Isso acarretará novos custos, principalmente para a população que passa nos pontos diariamente.

Na próxima terça-feira (16), será realizado o leilão para conhecer a empresa que ficará responsável por administrar os 213,5 quilômetros das rodovias Padre Manoel da Nóbrega, Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) será quem fiscalizará a contratação.

Saiba mais

Essa privatização da rodovia, com a instalação do novo sistema já vem sendo discutida, analisada e projetada desde 2019, em um projeto apresentado pela Artesp. Além de já terem sido feitas manifestações por grupos de moradores de cidades da Baixada Santista, algumas Prefeituras também já se manifestaram contra essa mudança, como é o caso de Itanhaém e Praia Grande.

Durante uma Audiência Pública promovida pelo Governo de São Paulo, em agosto de 2023, Itanhaém propôs a suspensão do edital de privatização. Entre aos motivos para tal pedido, estão a instalação dos postos de pedágios e a ausência de vias marginais ininterruptas interligando as extremidades da cidade. O trânsito interno da cidade poderá ficar comprometido, e o Executivo disse não ter estrutura para essas mudanças. O fechamento de acessos aos bairros pela rodovia proposto no projeto também preocupa a administração.

Praia Grande também se manifestou contra, e entregou um relatório durante o evento, com os impactos que a decisão pode causar na região. A principal crítica também foi o fechamento parcial ou total do acesso à cidade, além de dois retornos. De acordo com o Executivo da cidade, a medida também sobrecarregará o trânsito interno, e dificultará o acesso aos bairros.

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