X-9 é a terceira escola a desfilar na passarela no carnaval santista

A Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba X-9 foi a terceira escola a desfilar na Passarela do Samba Dráuzio da Cruz, na madrugada deste sábado (03). Com o samba enredo “Meu Nome é Favela”, a escola abordou a resistência das comunidades com relação à indiferença e a desigualdade, exaltando a garra dos moradores.

A presidência de Caio Cézar Romão e a vice-presidência de Fábio Alexandre, e o carnavalesco Amaury Santos, a escola ao sambódromo duas alegorias e um quadripé. O desfile contou ainda com 2.300 componentes.

O carro abre-alas da escola quebrou o eixo pouco antes de entrar na avenida, com isso, a agremiação contou uma alegoria a menos na passarela. Por conta do problema mecânico, a escola poderá ser penalizada na pontuação dos jurados. Além disso, a X-9 entrou na avenida com 13 minutos de atraso.

Por conta do problema, a escola teve que retirar o nome do carro abre-alas e colocou no segundo carro alegórico.

Após todos os problemas apresentados com as alegorias, a X-9 finalizou o desfile em 58 minutos, ou seja, estourando o tempo em três minutos.

Histórico

Fundada em 1º de maio de 1944, a agremiação foi 19 vezes campeã do Grupo Especial, com a última conquista realizada em 2017. A escola ganhou destaque no carnaval da cidade e no Brasil devido as performances apresentadas entre as décadas de 1950 e 1970. A fama foi tanta, que a X-9 inspirou a famosa escola de samba de São Paulo, a aderir o mesmo nome, se tornando a X-9 Paulistana.

Bateria Magia Xisnoveana

A bateria conta com os interpretes oficiais Emerson Dias e Bolinha, Mestre Waguinho como mestre de bateria, a rainha é a Francine Carvalho, princesa Jennifer Duarte.

Samba-enredo

Compositores: Alê Lopes, Mitch, Adriano Santos, Ricardinho Novaes, Sérgio Carmo, Edirley Fernandes e Xuxu do Cavaco.

X-9 é paixão pra vida inteira sou pioneira, Macuco é o meu lugar eu sou a voz dos becos e vielas orgulho é dizer: meu nome é favela! Pátria mãe perdida que fez de mim um filho sem vida, refém de um cativeiro social combatente de uma guerra desigual raiz, miscigenação tem sangue preto derramado na herança será que a liberdade existiu, Brasil? Onde está que ninguém viu? Nordestinos valentes não ficam ao léu, constroem seus sonhos tocando o céu renovando a esperança no sorriso da criança é som de gueto, de favelado cada barraco um mundo encantado eu sou black, rap, funk e samba cultura popular, celeiro de bambas minha arte atravessando fronteiras venceu a confiança enfim, transcendeu pra mudar meu destino divino, vivemos o amém e o axé na luta nunca perdemos a fé não me leve a mal aqui se vive o bem a mesa do bar é nosso divã sair trabalhar, sonhar com o amanhã resistir, viver com alegria olhem por nós nessa folia!

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