O caso de um homem supostamente levado morto a uma agência bancária nesta terça-feira, 16, por uma sobrinha para assinar o pedido de um empréstimo bancário em Bangu, no Rio de Janeiro, refrescou a memória dos campineiros sobre um caso semelhante registrado na cidade, em 2020. Na metrópole, o caso foi investigado, mas acabou arquivado em 2020.
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Entenda o caso:
Em outubro de 2020, uma mulher de 58 anos levou Laércio Della Coletta, então com 92 anos, que já estava morto há cerca de 12 horas de acordo com a perícia técnica. O homem era escrivão de polícia, aposentado e viúvo. A suspeita alegou que tinha uma relacionamento com o homem e que não sabia que ele estava morto.
No entanto, para levar o homem até a agência, a suspeita contou com a ajuda de vizinhos que colocaram o idoso em uma cadeira de rodas. No banco, ela disse aos funcionários que não lembrava a senha do companheiro e precisava fazer uma nova.
Na agência, a suspeita tentou ser atendida rapidamente e alegou que o idoso estava passando mal, versão que chegou a ser descartada pela Polícia Civil durante as investigações, após o laudo técnico apontar que ele já estava morto há mais tempo.
Na ocasião, assim como no caso de Bangu, o SAMU foi acionado e constatou o óbito. Quando foi ouvida pela primeira vez, a suspeita disse à polícia que foi ao banco porque precisava fazer uma movimentação bancária na conta do suposto marido, porém havia esquecido a senha de letras. A mulher seria a responsável pela movimentação da conta bancária do homem, mas não tinha nenhuma procuração para isso.
Em depoimento, a mulher também chegou a dizer que tinha conversado com o idoso pela manhã, quando ele já estaria morto segundo a perícia. Outra contradição seria a afirmação de que ela comprou a cadeira de rodas no dia anterior, apesar de falar que o companheiro estava bem de saúde.
Apesar da investigação, o Tribunal de Justiça confirmou que o caso foi arquivado em fevereiro de 2021 a pedido do Ministério Público.