A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) ouviu, nesta quarta-feira ,22, o depoimento de mais uma técnica de enfermagem que participou do atendimento à menina Jamilly Vitória Duarte, de 5 anos, no dia 11 de agosto, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Cristina.
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Picada por escorpião, a criança não recebeu soro antiescorpiônico na unidade, que é referência para esse tipo de atendimento e onde havia o insumo. Transferida para a Santa Casa, Jamilly morreu na manhã seguinte.
Segundo a técnica de enfermagem , uma colega teria avisado a médica responsável pelo atendimento de que havia o soro. No entanto, a médica teria dito que não sabia a dosagem a ser ministrada na criança e que já havia acionado o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para a transferência da paciente.
O depoimento da técnica de enfermagem contradiz o depoimento da médica. À CPI, a médica disse que não sabia que havia soro na UPA e que soube somente posteriormente, quando a criança já havia perdido o acesso venoso e a equipe encontrava dificuldades para restabelecer devido ao agravamento do quadro da paciente.
Com o depoimento desta quarta-feira ,22, a CPI ainda conseguiu esclarecer quem foi responsável pela preparação da medicação para Jamilly, já que nenhum dos integrantes da equipe declarou ter realizado o procedimento.
A técnica de enfermagem disse que atuava na farmácia no dia do atendimento e respondeu que preparou o soro fisiológico com dramin e dipirona, conforme a prescrição médica que recebeu. Ela também foi solicitada para tentar a puncionar o acesso venoso na criança, sem sucesso.
A CPI tem mais um depoimento marcado para sexta-feira ,24, às 8h30. Uma das enfermeiras da UPA foi reconvocada para prestar esclarecimentos.