Guarani e a pergunta que não quer calar: quem vai desarmar a bomba?

Elias Aredes
Elias Aredes
Elias Aredes Junior é jornalista formado desde 1994. Já trabalhou nos jornais Diário do Povo, Tododia e agora está no Correio Popular. Também atuou na TV Século 21, Rádio Central e atualmente está na Rádio Brasil. É responsável pelo portal Só dérbi (www.soderbi.com.br)
Thomaz Marostegan
Thomaz Marostegan

Sucesso nos anos 1970, a Série “Missão Impossivel” era uma coqueluche entre jovens de todo o mundo. Uma das cenas corriqueiras do seriado era aquela que mostrava um envelope ou outro tipo de apetrecho utilizado e que dizia sobre a tarefa imposta e a eliminação daquele artefato em poucos segundos. Sem desejo de querer ser saudosista ou alarmista, o fato é que o Guarani está com uma crise contratada em seu Departamento de Futebol Profissional. A única dúvida é saber quem vai acionar o detonador que vai colocar tudo pelos ares. Ou quem terá capacidade de desarmar um cenário preocupante.

O time está bem treinado e posicionado. Fato. Camacho fica posicionado entre os dois zagueiros e inicia o passe qualificado enquanto que o armador Chay provou por A mais B que no momento devido dará a dinâmica que o técnico Umberto Louzer tanto necessita. Não podemos esquecer o desempenho do lateral-direito Heitor, que diante do São Bernardo exibiu uma vitalidade capaz de fazer o torcedor bugrino esquecer por um instante as idas e vindas de Diogo Matheus.

Só existe um problema: o Guarani é previsível. Mecânico. Dificilmente verifica-se uma jogada diferenciada, um drible, algo que faça o adversário perder o prumo. Para quem considera a troca de treinador a solução desse mal, um aviso: todos os técnicos da nova geração trabalham desta maneira. Todos apostam neste enredo enfadonho, que não produz emoção na arquibancada, mas assegura o emprego de treinadores espalhados pelo país.

Nos seus melhores no comando do Guarani, Umberto Louzer nunca abriu de suas convicções. Jogava defensivamente, posicionava as duas linhas de quatro jogadores quando era atacado e não pensava duas vezes em buscar o fechamento dos espaços. Foi assim na Chapecoense, no Coritiba. Não seria diferente do Guarani. No ano passado, o Guarani chegou a ficar no grupo de classificação com esta fórmula e com Bruno José e Bruninho balançando as redes em jogos decisivos. Quando os dois foram acometidos de lesões ou de desgaste físico, abriu-se a porta para a má fase técnica e de pontuação na Série B.

O fato é que por enquanto não se encontrou este cara para fazer a diferença. O torcedor pode perguntar: e se esse protagonista for Régis? Então, que o atleta reúna os jogadores e peça desculpas ao técnico Umberto Louzer. Além disso, que todos os profissionais da Comissão Técnica realizem de modo imediato um trabalho para recuperar a forma física do jogador. Com força e vitalidade. E precisa ser logo. A bomba da crise está para ser detonada. Só espera a faísca final. 

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