Ponte Preta: desespero e pânico não produz nada; é hora de saber dar os passos certos

Elias Aredes
Elias Aredes
Elias Aredes Junior é jornalista formado desde 1994. Já trabalhou nos jornais Diário do Povo, Tododia e agora está no Correio Popular. Também atuou na TV Século 21, Rádio Central e atualmente está na Rádio Brasil. É responsável pelo portal Só dérbi (www.soderbi.com.br)
Crédito: Raul Baretta/ Santos FC
Crédito: Raul Baretta/ Santos FC

Não existe nada pior do que o pânico. Ele paralisa, produz cenários infundados e nos faz chegar a conclusões equivocadas. No futebol, é pior ainda. O passado retorna em cores vivas e assombra com uma força que parece invencível. Pense neste conceito ao verificar a reação dos torcedores pontepretanos após a derrota para o Santos por 3 a 1 na Vila Belmiro.

Sim, o primeiro tempo foi horroroso. Mateus Silva errou no lance do primeiro gol. O lateral Luiz Felipe vacilou no segundo gol e Giuliano teve facilidade para ampliar e fazer o terceiro. Foi o juiz apitar o final do jogo que o desespero tomou conta das redes sociais. Não precisa ser psicólogo para entender a reação: as arquibancadas não querem pensar na hipótese de um novo rebaixamento. Voltar à Série A-2 seria uma catástrofe esportiva sem precedentes.

Existe motivo para apreensão? Sim e não. A resposta é negativa porque o time passou por reformulação e transmite a sensação de melhor conceito de jogo em relação ao ano passado. Ok, concordo que a série B de 2023 não é parâmetro para nada. Mas houve uma pequena melhoria isso não há como negar.

Duro é constatar que a Ponte Preta não ofereceu resistência a um time recentemente rebaixado e que recentemente caiu de divisão. A expectativa é que, mesmo com derrota, a Macaca oferecesse um futebol mais competitivo e conseguisse vender caro a derrota. Nada disso aconteceu. O Santos passeou na etapa inicial e após o terceiro gol administrou o resultado.

Então está tudo perdido? Nada disso. Acredito que quatro jogos serão o alicerce da Macaca na Série A-1. Após enfrentar a Internacional de Limeira no domingo, a Ponte Preta jogará na condição de visitante contra a Portuguesa e depois encara o São Bernardo. E na rodada final terá o Santo André no estádio Bruno José Daniel. A construção de uma campanha de permanência passa por esses quatro duelos. São Paulo? Corinthians? Sabemos do escasso poderio financeiro e técnico da Ponte Preta diante dos gigantes. E quanto aos concorrentes de Série B, Ituano, Novorizontino e Botafogo(SP). Evidente que a Ponte Preta pode somar pontos contra tais concorrentes, mas nunca é demais lembrar que eles estão em um patamar acima da Alvinegra em relação a parte financeira e administrativa. O que se reflete no gramado.

Entrar em pânico? Abraçar o desespero? Nada disso. É hora somente de dar os passos certos para não ser tragado pela areia movediça.

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