De acordo com o Ministério da Saúde, 308 mortes foram registradas na Terra Indígena Yanomami nos primeiros 11 meses de 2023. O balanço mais recente vai até o dia 30 de novembro e não conta os casos de dezembro do último ano. Em entrevista ao Jornal Novabrasil, o professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e coordenador do núcleo de direitos indígenas da OAB/SP, Flávio Leão Bastos, afirmou que o problema só poderá ser resolvido se o governo federal identificar os financiadores dos crimes ambientais que ocorrem na região.
“É a maior terra indígena do Brasil, do tamanho de Portugal, e de fato há uma observação sobre a dificuldade de patrulhamento pelas autoridades ambientais. Nós viemos de um desmonte paralelo ao estímulo de entrada de garimpeiros, situação a qual o crime organizado se aproveitou. É muito importante que o atual governo chegue ao financiadores dessa estrutura toda de garimpo ilegal”, afirma o professor.
Nesta semana, a Polícia Federal realizou uma Operação e apreendeu armas, munição e coletes à prova de bala. Um acampamento de garimpeiros ilegais foi destruído pelas autoridades.
“Eu quero lembrar que a invasão de garimpo ocorrem em outras terras indígenas. Por ano, cerca de 400 a 800 crianças indígenas morrem no Brasil, um verdadeiro massacre. O patrulhamento e combate ao crime organizado é fundamental, lembrando que hoje o crime está muito armado, equipado e enfrenta diretamente a Polícia Federal, que precisa ser equipada.”
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