Comparação entre casos de Moro e Lewandowski é equivocada, afirma especialista

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Após a indicação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, para o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, o senador Sérgio Moro se manifestou no X, antigo Twitter, e ironizou a escolha feita pelo presidente Lula.

“Fica então entendido que aceitar cargo em ministério não é e nunca deveria ter sido causa de suspeição”, escreveu o ex-juiz que assumiu a mesma pasta durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em entrevista ao Jornal Novabrasil desta sexta-feira (12), o diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, afirmou que os casos são diferentes.

“No mundo ideal, nós precisaríamos pensar em quarentena para as polícias e autoridades do judiciário exercerem cargos políticos. Acho que nós temos que ter a clareza que a quarentena seria saudável para o país. No entanto, a similaridade que o Sérgio Moro coloca é equivocada porque o ministro Lewandowski é hoje uma pessoa aposentada. Ele já fez e tá indo para o ministério pelo seu legado e por seu vínculo político, que pode até ser criticado. Agora, o minsitro Sérgio Moro tomou uma decisão enquanto juiz de primeira instância que afastou o principal candidato de oposição, que facilitou a eleiçao do ex-presidente Jair Bolsonaro e aceitou, na sequência, ser ministro do presidente que foi eleito. Então temos um problema de conflito de interesse. Você pode pensar que a escolha do ministro Lewandowski não seja eticamente desajável, mas no caso do Sérgio Moro nós temos um conflito de interesse explícito que mostra que a situação dele é muito pior do que a situação do Ricardo Lewandoswki”, analisou o especialista.

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