No último sábado (7), o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, atacou Israel pelo mar, por terra e pelo ar. De acordo com as autoridades locais, a ação matou e sequestrou civis e soldados israelenses.
Em reação, Israel declarou guerra, bombardeou Gaza e anunciou o bloqueio do acesso a água, comida e luz na região. Até o momento, cerca de 1.200 pessoas morreram no conflito.
O Jornal Novabrasil ouviu nesta segunda-feira (9) especialistas no tema. O professor de Relações Internacionais da PUC-SP, Rodrigo Amaral, afirmou que a tendência é o aumento na tensão entre os países do Oriente Médio.
“O Irã endossa e apoia a causa palestina. Nas últimas horas, o governo iraniano mencionou suas preocupações pelas repercussões internacionais. O Catar também prestou apoio a comunidade palestina e afirma que o ataque é fruto de um histórico de violência que existe na região”, informou o professor.
Ele pontua também que o Brasil deve continuar com discurso crítico ao conflito
“Brasil e Lula mencionaram a necessidade de uma paz imediata. Todos os países estão se mobilizando e se manifestando, mas a notícia não é nada boa para aqueles que vislumbram um cenário pacífico na região”.
O professor Ricardo Cabral, Doutor em História e especialista em história militar, explicou como os ataques foram organizados pelo grupo Hamas.
” Foi uma operação coordenada com grupos pequenos especializados sabotagem, assassinato e grupos maiores de militantes que estão atuando e treinados com força armada. Foi uma operação planejada com antecedência e com grande acordo entre grupos. Eles invadiram Israel por 14 pontos diferentes. Tiveram ataques pontuais aos postos de controle, depois acentamentos e por fim as cidades maiores. Fizeram coordenamente. Depois uma segunda leva de ataques.”
Para o economista Denis Medina, é difícil, até o momento, mensurar o impacto econômico da guerra, mas é possível que o conflito tenha consequências importantes na economia mundial.
“A guerra tem um impacto grande nas empresas ligadas a Israel, mas esse conflito abraça toda a região do Oriente Médio, que é o maior produtor de petróleo, um insumo que o mundo inteiro precisa. Então, certamente o preço do petróleo terá um impacto. A gente não sabe a abrangência e quanto tempo vai durar o conflito. O Irã, por exemplo, é um grande produtor de petróleo e está apoiando o Hamas”, explica.
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