Após tumulto generalizado, a privatização da Sabesp foi aprovada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) nesta quarta-feira (6) por 62 votos a favor e 1 contrário. A sessão chegou a ficar paralisada por aproximadamente 1 hora e 30 minutos e deputados de oposição não retornaram para continuaram a votação.
Durante a confusão, policiais militares chegaram a usar spray de pimenta e cassetetes no confronto com manifestantes. A líder do partido Unidade Popular, Vivian Mendes, foi presa. Deputados do PT afirmam que o assunto será debatido no Supremo Tribunal Federal porque a votação não foi concluída adequadamente.
A privatização agora deve ser discutida pela Câmara Municipal de São Paulo, pois a capital representa 44% do faturamento da companhia. De acordo com a legislação vigente, qualquer mudança no controle acionário da Sabesp faz com que a Prefeitura tenha a responsabilidade de assumir o serviço de água e esgoto no território específico da cidade. A tendência, no entanto, é que a Câmara aprove privatização.
O projeto aprovado prevê investimentos de R$ 66 bilhões até 2029 (R$ 10 bilhões a mais em relação ao atual plano). O acordo também exige a antecipação da universalização do saneamento, de 2033 para 2029.
Nas redes sociais, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comemorou a aprovação e classificou como “dia histórico para São Paulo”.