Nesta quinta-feira (5), o Estado Islâmico assumiu a autoria pelas duas explosões em Kerman, no Irã, que provocaram a morte de mais de 100 pessoas durante uma passeata em homenagem ao general Qassem Soleimani. A informação foi comunicada pelo Mizan, site do Judiciário do país, citando a imprensa local.
Antes da admissão da autoria, o líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, afirmou que “inimigos maliciosos e criminosos” tinham atacado o país e prometeu que “essa tragédia terá uma forte resposta”.
Em entrevista ao Jornal Novabrasil desta quinta-feira, o professor de Relações Internacionais da PUC de São Paulo, Rodrigo Amaral, analisou o conflito e falou sobre a possibilidade de paz em 2024
“Eu vejo que qualquer caminho para a diminuição da tensão do Oriente Médio passa pela postura dos Estados Unidos, que significaria uma presença em termos de diálogos diplomáticos mais incisiva no sentido de reduzir o que motivou essa questão, que foi o conflito entre o Hamas e Israel. Nós vemos um cenário internacional que o único ator que realmente apoia todos os ataques de Israel a Gaza desde 7 de outubro é os Estados Unidos. O primeiro passo seria, então, incentivar Israel a diminuir as incursões militares”, afirma o professor.
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