SP faz 470 anos e jornalismo da Novabrasil celebra no Museu do Ipiranga

Imagem do Museu do Ipiranga / divulgação

O jornalismo da Novabrasil esteve nesta quinta-feira (25) no Museu do Ipiranga, na zona sul de São Paulo, para comemorar os 470 anos da capital paulista. Durante os jornais “Nova Manhã” e “Novabrasil”, diversos personagens relacionados a metrópole foram destacados.

Um deles é o músico Maurício Pereira. Nascido em São Paulo, ele comentou sobre o impacto da cidade no jeito de compor as músicas de seu repertório.

“Depois de alguns anos eu percebi que eu sou mesmo muito paulistano. Quando eu era pequeno, eu achava que todos os artistas eram cariocas. Eu não ouvia o meu sotaque, só os ‘Demonios da Garoa’ e ‘Os Incríveis’ que eram bandas daqui, mas depois eu fui entendendo que tem uma maneira da gente colocar o texto, a poesia, e esse esse sotaque que parece um caminhão basculante na cara da gente”, contou o ex-integrande da banda “Os Mulheres Negras”.

Residente da zona oeste da capital, Maurício lançou em 2018 o álbum “Outono no Sudeste”, com uma poesia intimamente ligada ao cotidiano de São Paulo. Durante a entrevista, ele cita quais os lugares que mais gosta de visitar na cidade.

“Se você me perguntasse isso há 20 anos, eu iria dizer que eu gostava do talharim à bolonhesa do Pellicciari, que era uma cantina de um ex-jogador do Palmeiras no Belenzinho. Eu iria dizer que meu lugar predileto era o Pacaembu. Mas com o Pacaembu hoje tá gourmetizando e o o Pellicciari foi derrubado para virar um prédio, o que eu mais gosto é andar e ver se eu acho os novos lugares, conversar com gente nova que me apresente outras coisas”, disse o compositor.

O síndico da Galeria do Rock, Antonio de Souza Neto, conhecido como Toninho da Galeria, também foi um dos personagens ouvidos pela reportagem da Novabrasil.

“Estou lá há 30 anos como síndico, então realmente é um símbolo, eu já fui até a Paris, a convite de uma ONG, para falar sobre a Galeria do Rock, que tem uma importância econômica para a região. Ir para a galeria é como uma cultura. E essa cultura ela é permanence, a história muda, as mídias mudam, mas a galeria do rock continua, então toda essa movimentação é natural, nós vamos sempre nos mantendo na história, ela é hoje multicultural”, comentou.

Fechado em 2013, o Museu do Ipiranga foi reaberto ao público em setembro de 2022 após longo período de obras. O custo da reforma foi de R$ 235 milhõe.

A USP (Universidade de São Paulo) completa 90 anos também neste 25 de janeiro. O vice-diretor do Museu do Ipiranga e professor titular da universidade, Amâncio Oliveira, fala sobre o interesse do paulistano na exposição.

“O 7 de setembro simboliza a proclamaçao da independencia, mas o 25 de janeiro significa o aniversário de São Paulo e o museu virou um simbolo também da cidade de São Paulo. Hoje nós temos 450 mil ítens no museu e 3500 expostos. A visitação, após a reinauguração, dobrou de tamanho. O museu recebeu 800 mil pessoas no último ano. A nossa estimativa é que estabilize em 900 mil pessoas por ano. Antes do fechamento, eram 300 mil pessoas por ano”.

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