Vereador de São Paulo condenado por injúria racial manteve mandato e se reelegeu

Foto: André Bueno /CMSP

Quatro anos antes da primeira cassação por racismo na Câmara Municipal de São Paulo, outro vereador proferiu ofensas da mesma natureza, mas, diferentemente do que ocorreu com Camilo Cristófaro (Avante), não perdeu o mandato.

No dia 20 de maio deste ano, a juíza Ana Helena Rodrigues Mellim, da 31ª Vara Criminal da cidade de São Paulo, condenou o vereador  Adilson Amadeu (Avante) por ter ofendido o parlamentar Daniel Annenberg (PSDB) com xingamentos antissemitas durante uma sessão na Câmara Municipal em 11 de dezembro de 2019.

O despacho cita que Amadeu “teve a intenção de ofender a vítima, invocando aspectos relativos à sua religião” e cometendo o crime de injúria racial contra o colega. O vereador foi condenado a um ano e quatro meses de prisão.  A Corregedoria da Câmara, no entanto, decidiu não levar o caso ao plenário.

Já o ex-vereador Camilo Cristófaro, cassado pela Câmara por racismo na semana passada, teve vitória na Justiça. Em primeira instância, o juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares optou pela absolvição. Na decisão, ele escreve que “a fala do acusado, como se demonstrou de forma exaustiva pelas testemunhas ouvidas em juízo, foi extraída de um contexto de brincadeira, de pilhéria, mas nunca de um contexto de segregação, de discriminação ou coisa que o valha”.

O Ministério Público recorreu da sentença e o caso será avaliado posteriormente por um colegiado em 2° instância.

SEQUESTRO EM SÃO PAULO

No último dia 15 de setembro, o Amadeu registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil de São Paulo. O documento aponta que o político afirmou ter sido sequestrado, agredido e mantido refém em um cativeiro por homens armados. Ele disse também que teve o carro roubado, além celular, dinheiro e presentes.

De acordo com a Câmara Municipal, ele estava dirigindo e foi abordado às 19h de quinta-feira (14), na Avenida Leão Machado, no Parque Continental, Zona Oeste da capital paulista. Os criminosos entraram dentro do veículo e colocaram o político no banco traseiro.

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