Após atraso de salário e ameaça de greve, Câmara quer ouvir secretário sobre transporte

Vereadores querem que secretário de Administração, Ricardo Abreu, apresente dados sobre a fiscalização financeira do consórcio ProUrbano

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Câmara aprovou o requerimento nesta quinta-feira

A Câmara de Ribeirão Preto aprovou nesta quinta-feira (09) um requerimento para convocar o secretário de Administração, Ricardo Fernandes Abreu. O objetivo é discutir o contrato de concessão do transporte coletivo. Esta semana, o Consórcio ProUrbano – responsável pelas linhas – atrasou o pagamento dos salários de seus funcionários, que chegaram a ameaçar uma greve. A paralisação foi destarcata depois que as empresas fizeram o repasse.

A convocação foi proposta pelo vereador Marcos Papa (Podemos). Ele alega que cabe ao município, como poder concedente, fiscalizar a gestão financeira das operadoras.

“O transporte coletivo é um serviço essencial, em que o Poder Executivo pode operar por conta própria ou promover uma concessão do serviço, que deve ser fiscalizada com rigor, justamente para evitar colapsos, greves, e outras ações que prejudiquem o transporte. A despeito da revisão contratual em andamento, o Consórcio possui obrigações e deveres para com a prestação do serviço e o Executivo tem a obrigação de fiscalizar e cobrar um serviço minimamente adequado”, declarou.

Com a aprovação do requerimento, um projeto de resolução deve ser elaborado e votado novamente pelos vereadores. Se aprovada em nova votação, a convocação torna obrigatória a presença do secretário no Legislativo, sob pena de condução coercitiva.

Sem responsabilidade

Em nota, a Prefeitura de Ribeirão Preto declarou ontem que apenas o consórcio deve responder sobre os atrasos salariais.

“A Prefeitura de Ribeirão Preto informa que o vínculo de contrato trabalhista com os motoristas do consórcio é de responsabilidade exclusiva das empresas.  Ressalta ainda que todos os repasses da Prefeitura para o Consórcio Pró Urbano estão em dia e que se encontra em negociação, conforme demonstrado durante o estudo do equilíbrio econômico financeiro, viabilidade de adoção de melhorias da frota e adequações necessárias ao contrato de concessão do serviço de transporte coletivo público da cidade. Por fim esclarece que não foi notificada sobre greve do transporte coletivo”, diz o texto.