Assinadas as licitações da Reserva Técnica e Inventário do Acervo dos museus Histórico e do Café

Equipe da Secretaria da Cultura e Turismo durante o anúncio | Foto: Divulgação

A Prefeitura de Ribeirão Preto anunciou, durante cerimônia realizada no final da manhã desta quarta-feira (24), no campus da USP de Ribeirão Preto, a assinatura das licitações da Reserva Técnica e Inventário do Acervo dos museus Histórico e do Café.

A Reserva Técnica, de acordo com o prefeito Duarte Nogueira (PSDB), será instalada atrás da Casa do Colono, em localização com acesso estratégico, para assegurar o isolamento adequado e conservação do acervo. “A edificação será um marco para a preservação”, disse o tucano em publicação nas redes sociais.

A construção terá três pavimentos, e deve guardar os mais de 6 mil ítens de exposição que remetem à história de Ribeirão Preto durante o período cafeeiro. A obra está prevista para o ano que vem, sem maiores detalhes da data de entrega.

Aprovação do Conppac

O Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (Conppac) aprovou na tarde desta segunda-feira, 15 de janeiro, o projeto arquitetônico e complementar para a construção da Reserva Técnica no Complexo dos Museus Histórico e do Café, apresentado pela Secretaria Municipal da Cultura e Turismo e empresa responsável em reunião on-line com conselheiros.

De acordo com o presidente do Conppac, Lucas Pereira, o projeto seguiu com as readequações solicitadas pelos conselheiros em reunião anterior, em atendimento aos aspectos ambientais e paisagísticos do entorno, levando em consideração as construções coloniais dos Museus Histórico e do Café e teve aprovação unânime.

Os projetos para o Complexo dos Museus estão sendo realizado em etapas, sempre em uma força tarefa que envolve a empresa que desenvolveu os projetos, poder público e Conppac. Nas intervenções futuras, estão previstos os restauros e requalificações dos prédios e monumentos, além de projeto paisagístico.

Foto: Fernando Gonzaga

Museus abandonados

Em meados de 2017, foi estabelecido pela Justiça o prazo de 90 dias para o início das obras de restauro nos museus ‘do Café’ e ‘Histórico’. Ambos estão localizados na zona Oeste de Ribeirão Preto, e sofrem interdição desde março de 2016.

Com multa de R$ 1 mil por dia de atraso, o documento, assinado pelo juiz Reginaldo Siqueira, ainda previa o monitoramento e controle ambiental com vistas à preservação do acervo de eventual umidade e temperatura excessivos, o controle sanitário e periódico de vetores e pragas urbanas na área interna e externa e o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros.

Em relação a elaboração de projeto técnico para obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), que ainda não foi realizada, a Secretaria de Cultura e Turismo afirma que a realização desta “está prevista para antes da reabertura dos museus ao público”.

Em vistoria técnica realizada em setembro de 2018, foi constatado pela promotoria que nenhuma medida solicitada foi cumprida pela administração local. A análise foi realizada por engenheiro do Ministério Público e uma analista jurídica.

16 de dezembro de 2021. A Prefeitura de Ribeirão Preto anunciou, durante reunião no Palácio Rio Branco, o projeto executivo de arquitetura e engenharia para reforma e restauro do complexo dos museus Histórico e do Café.

Na ocasião, conforme o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) anunciou, existia uma movimentação para levantar formas de financiamento e outras fontes de recursos para custear a obra, de aproximadamente R$ 15 milhões.

“O projeto é excelente e trabalhando de forma ininterrupta, conseguiremos entregar a obra completa em três anos”, afirmou o político durante a apresentação do projeto.

Além de prometer o restauro dos dois museus, Nogueira ainda anunciou a reforma da Casa do Colono, coreto e belvedere, os jardins e o entorno, com cercamento do complexo, a construção de um prédio novo para reserva técnica e um novo local de estacionamento.

Relevância histórica

O Museu do Café foi construído no início da década de 50. Denominado oficialmente como ‘Museu do Café Francisco Schmidt’, o espaço cultural é conhecido por guardar a mais importante coleção de peças do Estado de São Paulo sobre a História do Café.

O Museu Histórico e de Ordem Geral Plínio Travassos dos Santos originou-se por iniciativa do seu patrono Plínio no ano de 1938, com o objetivo de criar um Museu em Ribeirão Preto.

Plínio começou a recolher elementos para a formação do acervo inicial e, nesse princípio, todo o material conseguido, a maioria por doação, era guardado em sua residência. Mais tarde, por falta de espaço, distribuiu algumas peças, principalmente aquelas de caráter decorativo como pinturas, esculturas, desenhos e cerâmicas, pelas dependências da Prefeitura.

Já com um considerável número de peças, o acervo foi transferido para uma sala no Bosque Municipal, onde permaneceu de 1948 a 1949.

Em 28 de março de 1951 foi instalado definitivamente no antigo Solar Schmidt e inaugurado com as seções de Artes, Etnologia Indígena, Zoologia, Geologia e Numismática.

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