Beneficência Portuguesa, Prefeitura e Ministério Público fazem reunião. Atendimentos continuam suspensos

Prefeitura alega que já repassou mais de R$ 31 milhões, entretanto a Beneficência diz que essa verba não é suficiente para cobrir as despesas e solicita mais R$ 1,6 milhões para normalizar o atendimento

Hospital onde a vítima foi internada, em Ribeirão Preto - Foto: Divulgação

Em reunião que ocorreu na tarde desta quinta-feira (8), entre representantes da Beneficência Portuguesa, a Secretária Municipal de Saúde, Jane Aparecida Cristina e o Promotor Dr. Sebastião Sérgio da Silveira, no sentido de se chegar a uma solução para o impasse sobre a suspensão dos atendimentos médicos do hospital, aos usuários do SUS e do Sassom, vai depender de uma reunião entre a Benê e seu corpo clínico, marcada para segunda-feira (12). Até lá os atendimentos seletivos estão suspensos.

A Prefeitura alega que já repassou pouco mais de R$ 31 milhões á entidade, valor esse que, segundo a Beneficência, se refere simplesmente à Contratualização Anual para a prestação de serviços, inserida na tabela SUS, na qual evidencia-se que para cada R$ 1,00 recebido pela entidade, existe um custo de R$ 1,48 em 2022, ou seja, um déficit de 48%.

A Benê salienta também que a correção da tabela SUS não é reajustada há mais de 15 anos, não havendo qualquer movimento do poder público na compensação desse congelamento de tabela. Tal compensação se faz necessária justamente para reduzir esse impacto financeiro, que paralisa diretamente a recomposição dos custos dispensados.

Para que haja um reequilíbrio nas finanças, e os atendimentos possam voltar à normalidade, há que se fazer um repasse de pouco mais de R$ 1,6 milhões, valor esse referente estorno dos descontos indevidos efetuados no período de janeiro 2020 a dezembro/2021.

A Secretária comprometeu-se a fazer o pagamento desse valor, o mais rápido possível, sem, no entanto, apontar uma data específica.

A partir desse posicionamento assumido, a direção da entidade realizará, na noite de segunda-feira (12), uma reunião com o corpo clínico, para saber se haverá ou não uma concordância do termo acordado. Até lá, os atendimentos continuarão suspensos.

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