O juiz da segunda vara criminal de Ribeirão Preto, Dr. Sylvio Ribeiro de Souza Neto, ouviu na tarde desta quinta-feira (15) os seis últimos interrogatórios dos envolvidos nos crimes de obtenção ilegal de dados previdenciários e efetivação de empréstimos consignados a aposentados do INSS, sem autorização dos titulares.
Entre os ouvidos hoje, estava a influenciadora digital, Ana Paula Ferreira Duarte, conhecida como Ana Pink, considerada foragida pela polícia, pois fugiu antes de cumprir um mandado de prisão expedido contra ela, depois de ter a prisão domiciliar revogada pela justiça. Relembre a matéria publicada no Portal da Thathi: (https://thathi.com.br/policia/influencer-acusada-de-fraudes-consegue-fugir-da-policia/)
Os depoimentos foram feitos por teleconferência. O passo processual subsequente será, no prazo de cinco dias, as partes – acusação e defesas – manifestarem a respeito de eventual diligência faltante.
Ana Pink, utilizando um precedente no Supremo Tribunal Federal, um acórdão do Ministro Edson Fachin, a respeito da possibilidade de o acusado exercer o direito de ser interrogado, ainda que pese mandado de prisão, prestou o depoimento em liberdade, mesmo considerada foragida.
O Portal da Thathi ouviu o advogado criminalista Daniel Pacheco sobre o tema, ele ressaltou que Ana Pink “foi beneficiada por uma modernidade imposta pela pandemia, mas que ainda continua em uso pela justiça, o depoimento telepresencial”, caso ela comparecesse presencialmente ao fórum, poderia ser presa imediatamente.
O advogado lembra também que um monitoramento do endereço de IP do computador utilizado pela empresária poderia resultar na sua localização (o termo IP vem do inglês “internet protocol”, um endereço exclusivo que identifica um dispositivo na internet ou em uma rede local).
Colaborou na matéria o jornalista Walmir Bononi
