Em entrevista ao Jornal Novabrasil desta terça-feira (20), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que irá a Avenida Paulista no próximo domingo em manifestação de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
No dia 8 de fevereiro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis, que mirou o ex-chefe do Executivo e seus aliados por suposta tentativa de golpe. A ação da PF foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes. Na decisão, ele cita a tentativa de manter Bolsonaro no poder com um golpe de Estado.
“Eu devo ir, tenho sido questionado sobre esse tema e tenho colocado a minha posição de forma tranquila. Eu me filiei ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro no dia que eu tirei meu título. Naquela época, só tirava título com 18 anos. Se você pegar a data da emissão do meu título vai ver que é a data da minha filiação ao MDB. Fui vereador durante 8 anos e sou um defensor da democracia, exatamente como vocês.
Uma manifestação é um ato da democracia, ainda mais quando alguém vai fazer de forma pública a sua defesa. Então eu vejo como algo positivo quando o presidente Bolsonaro vai na sua rede social e fala o seguinte: ‘olha, eu quero convocar um ato pacífico, democrático, e não quero que ninguém ofenda instituição ou pessoas’. Eu acho que isso é motivo da gente valorizar até pra amenizar essa questão da briga que tem no nosso país”, justificou o prefeito.
O ex-presidente foi obrigado a entregar seu passaporte a autoridades e não pode deixar o país por tempo indeterminado. Questionado sobre a consistência dos indícios contra o Bolsonaro, Ricardo Nunes citou o princípio da presunção da inonência.
“O grande pressuposto, a grande virtude da democracia está no artigo 5° da Constituição, a presunção de inocência. As pessoas precisam sempre, ainda mais as pessoas públicas, e meu me incluo nisso, serem investigadas, questionadas. E todos têm direito à defesa. Isso é a supremacia da democracia. Agora, se lá na frente vai ser absolvido, vai ser culpado, é uma outra situação”, afirmou.
Nunes ainda disse que o “Carnaval de SP gerou 22 mil postos de trabalho”. Balanço da prefeitura de São Paulo mostrou que cerca de 16 milhões de pessoas participaram do Carnaval de rua da cidade; pouco mais que no ano passado.
De acordo com o Observatório de Turismo e Eventos de São Paulo, o número de turistas no Sambódromo do Anhembi foi de 14,6%, com uma média de gastos por dia de R$ 470. No Carnaval de rua o gasto médio foi de R$ 777.
CONFIRA ENTREVISTA COMPLETA ABAIXO:
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