Uma equipe formada por oceanógrafos, engenheiros, biólogos e químicos está na Antártica para avaliar o impacto do aquecimento global sobre a fauna da região. Eles ficam lá até o dia 17 de março.
O oceanógrafo André Calloni de Souza tem 27 anos e é um dos mais jovens integrantes da equipe. No seu perfil do Instagram, a linguagem e a trilha sonora são uma forma de levar ao público leigo, da mesma faixa etária, um pouco do seu cotidiano na base, com os objetivos, as delícias e dificuldades de ser um pesquisador. Em entrevista à Novabrasil, André falou sobre o trabalho por lá. “Quero popularizar a oceanografia e mostrar um pouco do meu mundo” – diz ele.
O trabalho é feito em duas frentes: analisando como o aquecimento global afeta a chegada de organismos do Atlântico Sul na Antártica e também a avaliação sobre o derretimento das geleiras e como isso atinge a fauna local. André diz que para isso é utilizado um equipamento chamado Lander e também um robô. A partir daí, são várias as análises que passam a ser feitas.
O frio é um dos desafios, mas, segundo André é apenas um problema externo. Na estação, a temperatura é sempre agradável, inclusive a alimentação é feita por um cozinheiro e são várias as iguarias produzidas na estação brasileira na Antártica. O atual trabalho desses oceanógrafos dura cerca de 2 meses, mas a estação é habitada, no restante do ano, por engenheiros e técnicos que cuidam da manutenção dos materiais.
André Calloni diz que sempre foi fascinado pelo mar e que a pesquisa científica em lugares mais isolados sempre foi uma curiosidade. “A vontade de trazer divulgação científica pra fora da bolha acadêmica, do público que já está envolvido, e trazer o público mais jovem para esse mundo é um dos objetivos”, diz ele.
O oceanógrafo diz que a divulgação do trabalho conta com as redes sociais como aliadas para chegar aos mais variados públicos. O brasileiro compartilha suas experiências no instagram @dehcalloni, com imagens e vídeos sobre os trabalhos na Antártica.