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Saiba como foi a reunião entre Xi Jinping e Donald Trump

Líderes acertaram redução das tarifas sobre produtos chineses e trégua na exigência de licença para exportação de terras raras

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, conversam ao saírem do Aeroporto Internacional de Gimhae após uma reunião bilateral, à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), em Busan, Coreia do Sul, em 30 de outubro de 2025. | Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, conversam ao saírem do Aeroporto Internacional de Gimhae após uma reunião bilateral, à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), em Busan, Coreia do Sul, em 30 de outubro de 2025. | Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein

O encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, resultou em um avanço nas relações comerciais entre as duas potências. Durante a reunião realizada na manhã de quinta-feira (30), no horário local – ainda noite de quarta (29) em Brasília – os líderes acertaram a redução das tarifas impostas por Washington a produtos chineses, que passam a ter média de 47%, cerca de dez pontos percentuais abaixo do patamar anterior.

Em contrapartida, Pequim prometeu trégua nas restrições a exportações de produtos que utilizam terras raras, retomar a compra de soja americana e adotar medidas contra o comércio ilegal de fentanil – opioide sintético.

“Achei que foi uma reunião incrível”, declarou Trump a jornalistas em seu avião presidencial. Xi, por sua vez, afirmou à agência Xinhua que os dois países mantêm uma “estabilidade geral” e devem evitar um “ciclo vicioso de retaliação”.

Os líderes ainda concordaram em realizar visitas de Estado recíprocas no ano que vem. O americano será esperado em Pequim em abril, enquanto Xi deve ir à capital dos EUA ou a Palm Springs, na Flórida, depois disso.

O encontro, realizado a portas fechadas na Base Aérea de Gimhae, em Busan, na Coreia do Sul, marcou o encerramento de meses de negociações sobre as sobretaxas comerciais iniciadas em abril. A escolha da cidade foi estratégica: próxima a Gyeongju, onde ocorre a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), o local permitiu que os líderes se reunissem de forma reservada, à margem do evento.

Com o novo acordo, as medidas chinesas sobre terras raras ficam suspensas por um ano. Isso significa que empresas estrangeiras que utilizam esses minerais em sua produção não precisarão mais de licença de exportação para vender ao exterior. Em troca do compromisso da China de combater o comércio ilegal de fentanil, os Estados Unidos reduziram de 20% para 10% as tarifas sobre produtos relacionados ao opioide.

As negociações entre os dois países foram conduzidas nas últimas semanas em Kuala Lumpur, na Malásia, paralelamente à cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Segundo o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, o acordo formal deve ser assinado já na próxima semana.

A retomada do comércio da commodity entre os países é também um ponto de preocupação para agricultores brasileiros, uma vez que o país asiático havia voltado ao Brasil, entre outros países, para aquisições do grão.

Embora o novo acordo indique uma trégua, especialistas avaliam que o comércio agrícola entre os países ainda levará tempo para se restabelecer plenamente, já que Pequim diversificou seus fornecedores nos últimos anos, especialmente entre os produtores sul-americanos.

O clima da reunião foi descrito como cordial. Trump e Xi trocaram elogios e fizeram o tradicional aperto de mão diante das câmeras. Do lado de fora da base aérea, contudo, manifestantes expressaram posições opostas: alguns protestavam contra a suposta influência chinesa na Coreia do Sul, enquanto outros exibiam bandeiras da China em apoio ao líder.

Após o encontro, Trump embarcou de volta para os Estados Unidos, encerrando uma viagem de quase uma semana pela Ásia, que incluiu paradas no Catar, na Malásia, no Japão e na Coreia do Sul. Xi permaneceu no país para participar da cúpula da Apec.

Os líderes não se encontravam desde 2019, quando realizaram uma reunião bilateral durante a cúpula do G20, em Osaka, no Japão. Desde então, a guerra comercial havia escalonado.

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