Covid longa pode durar quase dois anos

Vírus da Covid-19
Vírus da Covid-19

Muitas pessoas que contraíram Covid-19 tiveram sintomas meses depois da contaminação ou de forma gradativa, de acordo com estudos realizados por universidades norte-americanas e especialistas do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP.

Temos pessoas que perduram com a sua sintomatologia da Covid para mais de 18 meses. São pessoas que, desde a primeira contração da Covid, tem sintomas até agora.”, diz a doutora Lívia Valentim, neuropsicóloga e pesquisadora do INCOR da Faculdade de Medicina da USP, em entrevista ao Jornal Novabrasil.

A especialista conduz estudos sobre a Covid longa há meses e ela tem observado um fenômeno semelhante entre os envolvidos nas pesquisas. Há participantes que, desde 2020, quando foram infectados pelo vírus, ainda apresentam a mesma sintomatologia ou até agravantes nestes quadros.

A Dra. explica que a Covid longa é reconhecida quando os sintomas persistem por mais de três meses, mesmo após o organismo não estar mais infectado com a doença.

“A Covid longa tem várias sintomatologias, das mais diversas, cada pessoa tem um sintoma diferente.”, diz Dra. Lívia Valentim.  

Um dos sintomas que mais se manifestou durante o estudo foi a fadiga crônica, que gera cansaço exagerado.

“As pessoas também estão descobrindo agora a disfunção cognitiva, perda na memória, falha na linguagem e falha na atenção. Confundindo muito aquele sintoma de neuropatologia, como o TDAH. Muitas pessoas acham que têm TDAH, mas na verdade é a Covid longa.”, concluiu.

O estudo também mostra que pessoas assintomáticas durante a fase aguda da doença podem se prejudicar com sintomas posteriormente.  

Segundo estudos realizados pela Universidade da Califórnia, uma das hipóteses pela exaustão no corpo é de que a Covid-19 pode perturbar as mitocôndrias. Essa disfunção mitocondrial pode desacelerar o corpo, o que dura além da fase aguda de uma infecção.

Além disso, uma equipe de cientistas da Universidade da Pensilvânia sugerem uma nova explicação, com base em descobertas de que os níveis de serotonina estavam mais baixos em pessoas com a condição. A diminuição da serotonina poderia explicar especialmente problemas de memória e alguns sintomas neurológicos e cognitivos da Covid longa, afirmam.

A Dra. livia Valentim também lembra que a vacinação é de extrema importância para evitar casos mais graves da doença.

Confira a entrevista completa com a especialista:

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